Senadores prestam solidariedade a Azeredo



Todos os senadores presentes à reunião desta quinta-feira (5) da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) prestaram solidariedade ao presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de envolvimento no chamado "mensalão" mineiro. As palavras de solidariedade foram motivadas pela publicação de notícia segundo a qual o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, acolheu parcialmente denúncia contra o senador, acusado do crime de peculato.

Foi o próprio Azeredo quem provocou o assunto, pouco antes da votação de mensagens presidenciais contendo as indicações dos novos embaixadores brasileiros em dois países do Caribe, São Cristóvão e Névis e Trinidad e Tobago. Ele agradeceu a confiança dos senadores que o elegeram para o cargo e pediu-lhes que ficassem tranqüilos em relação às denúncias, uma vez que, como afirmou, sempre atuou "com lisura" à frente do governo de Minas Gerais.

- Não poderia me calar nesse momento. Minha vida pública sempre foi pautada pela correção - disse Azeredo.

Primeiro a se manifestar, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) lembrou que todos os governadores estão sujeitos a processos "movidos muitas vezes pelo ódio". Por sua vez, Paulo Duque (PMDB-RJ) pediu a Azeredo que conte com todos os senadores da comissão, que, como observou, confiam no seu comportamento. Cristovam Buarque (PDT-DF) disse esperar que o Supremo Tribunal Federal seja capaz de perceber que Azeredo é um "homem de bem".

Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiou a decisão de Azeredo de conversar abertamente com os colegas sobre o tema e elogiou a sua conduta à frente da comissão, mesmo em momentos tensos como o do debate sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul.

- Os seus valores éticos também são os meus - afirmou Suplicy.

Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) apresentou um "voto de confiança" em Azeredo, enquanto Heráclito Fortes (DEM-PI) recorreu a uma antiga observação do então deputado Ulysses Guimarães, segundo a qual "o raio de ação de uma calúnia é dez vezes maior do que o de um desmentido". Roberto Cavalcanti (PRB-PB) lembrou que todos estão expostos aos inquéritos, mas ressaltou a sua certeza de que se comprovará a falsidade das acusações contra Azeredo. Flexa Ribeiro (PSDB-PA), por último, apresentou ao presidente da comissão a solidariedade "não apenas do PSDB, mas de todos os senadores que o conhecem".



05/11/2009

Agência Senado


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