Senadores querem intensificação da regionalização dos créditos do BNDES
Diversos senadores defenderam, durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realizada nesta terça-feira (28), uma maior atenção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as regiões mais pobres do país. O presidente do colegiado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), esteve entre os que afirmaram que o banco precisa desenvolver novos instrumentos para a "regionalização" do crédito.
- O Nordeste, especialmente, precisa de uma atenção especial - declarou ele.
Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sugeriu a criação de um "instrumento institucional" que obrigue o BNDES a "regionalizar" sua atuação, independentemente da visão de quem esteja presidindo a instituição. Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) também estiveram entre os senadores que defenderam uma atuação mais intensa da instituição nas Regiões Norte e Nordeste, respectivamente. Flexa Ribeiro argumentou em favor da instalação de um escritório regional do banco na Região Norte.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que participou da reunião, anunciou que o banco terá uma assessoria especial de desenvolvimento regional, "a qual terá uma ação horizontal, pois estará presente em todas as atividades da instituição". Ele disse que a nova assessoria terá a função de coordenar, dentro do BNDES, "uma ação regional muito mais afirmativa do que a que foi realizada até o presente".
Coutinho reconheceu que o Nordeste precisa de atenção especial, pois é uma região que representa 28% da população brasileira e apenas 14% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, recebendo entre 8% a 12% dos desembolsos do BNDES.
- Temos a preocupação de ampliar a participação do Nordeste em nossa carteira de projetos - afirmou ele.
28/08/2007
Agência Senado
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