SENADORES REPUDIAM NOTA DO F MI CONTRA O CONGRESSO
- Estou aqui refletindo a indignação de muitos parlamentares que defendem a democracia. Nós podemos criticar o Congresso que, em muitas ocasiões, tem deixado de cumprir suas obrigações constitucionais. Mas o FMI não tem autoridade moral nem legitimidade popular para nos criticar, porque colocamos a discussão sobre o salário-mínimo, a privatização da Petrobrás entre outros, na pauta do Congresso - protestou.
Para Geraldo Lessa, falta competência técnica ao Fundo Monetário para formular críticas como essa. " Gostaria de saber em que país do mundo o receituário do FMI funcionou de maneira eficaz ?" - perguntou. Ele entende que as fórmulas que o Fundo propõe para resolver os problemas dos países "são de caráter cruel".
Sérgio Machado lembrou que o Brasil acabou de pagar, antecipadamente, uma parcela das suas dívidas com o FMI. "Não podemos aceitar que estrangeiros venham criticar as nossas instituições" - afirmou. O senador disse que o Congresso vai continuar procurando realizar o que é bom para o povo.
Romero Jucá considerou as declarações de Stanley Fischer, além de infundadas, "agressivas à soberania nacional". O senador disse que, ao discutir seus problemas econômicos com o fundo, o Brasil não está abrindo mão de sua soberania.
Ao final do seu pronunciamento, Heloísa propôs a aprovação de uma nota de repúdio às declarações do gerente- geral do FMI. Na presidência dos trabalhos, o senador Moreira Mendes (PFL-RO) também repudiou as declarações de Fischer.
13/04/2000
Agência Senado
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