Senadores ressaltam correção de Jereissati e apontam risco de "nivelamento por baixo"
A história da atuação política do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e sua correção como homem público foram apontadas nesta quinta-feira (2) pelos senadores, que tomaram sua defesa contra as denúncias de que teria usado irregularmente recursos do Senado em suas viagens. Os parlamentares também lamentaram a série de denúncias que vem sendo feitas contra o Senado Federal e seus integrantes.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse que sempre procurou se espelhar na atuação de Jereissati e, ao lamentar as denúncias contra seu colega de partido, disse que o país está assistindo a uma tentativa de "nivelamento por baixo e de desmoralização do Congresso Nacional". O senador advertiu para o fato de que a desmoralização precede o fim das liberdades e o surgimento dos regimes autoritários. Azeredo reconheceu a existência do que chamou de "mazelas administrativas" no Senado, observando, no entanto, que não são gerais e podem ser corrigidas.
O senador Mário Couto (PSDB-PA) assinalou que, no Senado, "estão querendo transformar coisas legais em coisas ilegais e até existe uma fábrica costurando isso". Mário Couto lembrou que o estado do Pará é grande e que ele, como precisa se locomover, também obteve autorização para alugar aviões, com anuência do diretor-geral do Senado.
- Que erro cometemos? Existe uma fábrica aqui dentro deste Senado que precisa ser fechada, uma fábrica de informações irreais, ilegais e maldosas - denunciou o senador, acrescentando que as denúncias contra Jereissati devem-se a sua luta pela transparência do Senado.
O senador Jefferson Praia (PDT-AM) também manifestou o seu respeito pela história de Jereissati. Ele revelou que viajou pelo interior do Amazonas alugando aviões com sua cota de passagens aéreas e defendeu a discussão sobre esse benefício e a transparência no controle de seu uso. Jefferson Praia disse, ainda, que há dez meses não utiliza a verba indenizatória.
O senador Gilberto Goellner (DEM-MT) disse que é convidado diariamente a visitar municípios a milhares de quilômetros de Cuiabá e que, por estrada, leva dois dias para alcançá-los. Ele propôs que a Mesa do Senado emita uma norma mais clara sobre a cota de passagens aéreas.
A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) disse que as pessoas que convivem diariamente com Jereissati sabem o quanto é duro para um homem da sua envergadura, correção e honestidade estar na tribuna prestando esclarecimento sobre fato que é legal e correto. Ela lembrou ter acompanhado a atuação disciplinada de Jereissati em questões como a lei de falências, em que apresentou 54 emendas e utilizou os serviços de uma consultoria contratada às suas próprias custas.
O senador Marco Maciel (DEM-PE) observou que embora Jereissati ainda seja jovem, a sua vida política o coloca entre os melhores homens de Estado no Brasil. Na sua avaliação, isso decorre da forma correta, honesta e proba do senador cearense desempenhar os cargos públicos que conquistou. Marco Maciel salientou que Jereissati agiu rigorosamente de acordo com as práticas adotadas pelo Senado e manifestou sua solidariedade ao senador.
O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que Jereissati é um exemplo para todos os parlamentares de "homem integro e puro". Lembrou que o senador enxugou e moralizou a máquina administrativa do estado, quando foi governador do Ceará, e "contrariou vários interesses". Para Garibaldi, só aqueles que não conhecem Jereissati poderiam julgá-lo capaz de cometer qualquer irregularidade.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que Jereissati está acima de "acusações mesquinhas" e manifestou preocupação com a declaração do senador de que "dá vontade de largar tudo isso aqui". Mozarildo disse que se os homens de bem largarem a política estarão facilitando a vida daqueles que querem se aproveitar do mandato de parlamentar ou de cargos públicos para se servir.
Para a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), a defesa de Jereissati é a sua própria vida. Ela lembrou que já morou em Fortaleza, onde conheceu a família do senador, a forma como foi educado, a sua formação cristã e a forma como foi convocado pelo povo do Ceará para prestar serviço como político e empresário. A senadora salientou as mudanças profundas que Jereissati promoveu para desenvolver a economia do estado, que acabaram consagrando-o como um grande líder.
O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) ressaltou que um povo que não tem história não tem memória. Ele disse que o povo cearense "tem uma bela história" porque se lembra dos governos de Jereissati e de como foram um divisor de águas para o estado.
- Jereissati levou definitivamente o Ceará a uma história de ética, responsabilidade social e inclusão que o transformaram com a melhoria de todos os indicadores sociais que, à época, eram extremamente constrangedores para seu estado e seu povo - disse Perillo, para quem Jereissati "foi e é um farol para a nova geração de políticos brasileiros".
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse que Jereissati é um exemplo de político honrado ético e competente e que já era um guia muito antes do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criar a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois já havia implantado a prática no governo do Ceará.
- É lamentável que as coisas venham à tona sempre buscando enlamear pessoas honestas e corretas - disse.
O senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que conheceu muitos políticos e que o mais honrado deles foi Mário Covas, o qual apontou Jereissati como seu candidato à Presidência da República.
02/04/2009
Agência Senado
Artigos Relacionados
Senadores apoiam Jereissati e apontam campanha de denuncismo no Senado
Aproveitamento de terras raras ainda é muito baixo no Brasil, apontam especialistas
Tombini: risco de impacto do dólar na inflação é baixo
SENADORES RESSALTAM IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO
Maioria dos agrotóxicos registrados no País apresentam baixo risco de toxidade
Bancos de Olhos no Brasil têm baixo risco sanitário, aponta Anvisa