Sérgio Guerra defende Arthur Virgílio e questiona autoridade de Sarney



Falando em nome do seu partido, o PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE) prestou nesta quinta-feira (6) "irrestrita e total solidariedade" ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e disse que a representação apresentada ao Conselho de Ética pelo líder do PMDB, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), contra Virgílio é "precária, dispensável, calamitosa e criminosa". Na sua avaliação, a crise vai se perpetuar por muitos anos ainda se não houver mudanças radicais no Senado.

- Não dá para continuar com o Senado assim. O presidente Sarney não tem autoridade ou liderança para presidir o Senado - disse o senador.

Sérgio Guerra também criticou o senador Renan Calheiros, que leu, em nome do PMDB, a representação contra Arthur Virgílio:

- Absolutamente deplorável a atitude do senador Renan aqui hoje. Ler aquela representação, de maneira absolutamente insincera, não ajuda nem à biografia dele, nem ao conceito dele, nem ao funcionamento do Senado: ao contrário, praticamente o condena - afirmou.

Sérgio Guerra classificou como "primitiva" a forma de funcionamento da chamada "tropa de choque", pois afastou rapidamente Renan Calheiros da opinião pública. O senador citou notícias que apontam ameaças que estariam sendo feitas aos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a ele próprio pelo PMDB ou por Renan. Guerra disse que tem conversado com amigos do PMDB que lhe garantiram não ser esta uma iniciativa partidária.

- Nós não aceitamos isso não. Eu não vou para casa, de maneira nenhuma, com ameaça de ninguém. Quem ameaça não tem coragem. Quem ameaça não é político, é uma fraude; não é democrata, é gente que não tem vergonha. Nós eliminar essa tropa de choque, cheia de precariedades, com a inteligência desse tamanho, nenhuma experiência parlamentar, que não se incomoda com a opinião pública. Talvez até porque não precisem do voto dela - observou.



06/08/2009

Agência Senado


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