Sérgio Guerra defende Jereissati; Plenário aprova voto de repúdio a Berzoini
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) subiu à tribuna nesta segunda-feira (4) para repudiar declarações do deputado federal e presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), contra o ex-governador e ex-senador pelo Ceará Carlos Jereissati, pai do senador Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB. Berzoini declarou, em entrevista ao site Folha Online, que Carlos Jereissati "sofreu acusações pesadas há 50 anos no jornal O Globo". Carlos Jereissati morreu em 1963, aos 46 anos, de um ataque cardíaco.
Sérgio Guerra leu em Plenário nota do senador e líder do PSDB Arthur Virgílio (AM) em que condena o fato. De acordo com a nota, o governo Luiz Inácio Lula da Silva praticou "um ato de desfaçatez ao atacar familiares de opositores de Lula, inclusive aqueles que já faleceram".
Para Sérgio Guerra, a entrevista de Berzoini "é deplorável, mas não atingiu nem ao senador Jereissati nem ao estado do Ceará". Segundo o parlamentar por Pernambuco, "Carlos Jereissati é uma referência política naquele estado e o Brasil precisa de referências".
Depois do pronunciamento de Sérgio Guerra, o Plenário aprovou requerimento de voto de repúdio a Ricardo Berzoini pelas declarações feitas na entrevista. O senador Tasso Jereissati agradeceu a solidariedade que recebeu dos seus pares e disse ter desistido de fazer pronunciamento sobre o assunto.
Durante o pronunciamento de Sérgio Guerra, diversos senadores se manifestaram contra a atitude de Berzoini. A senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) declarou sua indignação com o comportamento do presidente do PT no caso. O senador José Jorge (PFL-PE) lembrou a existência do "Prêmio Berzoini de Crueldade", instituído pelo PFL para protestar contra atos praticados pelo governo do PT. O troféu foi criado em alusão à exigência da presença de aposentados acima de 90 anos nos postos de atendimento da Previdência Social para procederem ao recadastramento, à época em que Berzoini estava à frente do ministério.04/09/2006
Agência Senado
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