Sérgio Guerra lê nota do PSDB em repúdio a investigação da Receita sobre o partido
O senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, leu nota do partido em repúdio à investigação sobre suposta emissão de notas frias na campanha à Presidência da República do atual governador de São Paulo, José Serra. Segundo o senador, a investigação teria sido encomendada à Receita Federal, em possível retaliação do governo às investigações da Polícia Federal sobre os parlamentares do PT e dos de partidos da base governista envolvidos com as denúncias de recebimento do "mensalão". Guerra questionou o fato de estas informações terem sido vazadas para a imprensa.
Segundo a nota lida pelo senador por Pernambuco, enviada ao jornal Folha de S. Paulo para esclarecimentos relativos à matéria publicada por aquele veículo ("Receita detecta notas frias na campanha de Serra"), as notas fiscais questionadas pela Receita "não se referem às despesas de campanha presidencial, mas, sim, às despesas efetuadas pelo partido antes do início da campanha e da respectiva instalação do comitê financeiro".
A nota contesta também as informações publicadas no jornal e informa que o PSDB nunca foi multado em R$ 7 milhões, mas sim, em R$ 3 milhões, correspondente ao Imposto de Renda "que deveria ter sido pago se o partido não tivesse imunidade tributária, como tinha".
Sérgio Guerra disse, ao final do seu discurso, que o PSDB não tem medo das investigações e lembrou que o próprio secretário da Receita Federal, Sérgio Rachid, lhe telefonou se desculpando pelo vazamento das informações, que estão sob sigilo fiscal.
Ao criticar também o vazamento das informações, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), pediu a punição dos envolvidos nessa suposta ação da Receita.19/02/2008
Agência Senado
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