Sérgio Guerra defende votação aberta no Conselho de Ética



O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) defendeu, nesta segunda-feira (27), o voto aberto dos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar durante a votação do relatório do processo disciplinar contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Em sua opinião, a votação secreta não ajuda o Congresso Nacional, a democracia ou a defesa do senador investigado.

- Não deve haver vacilação a esse respeito. Precisamos defender métodos abertos, democráticos, construtivos. O Senado não pode mais ser um condomínio de amizades, de pequenos interesses que, somados, determinam posições individuais - disse.

Para Sérgio Guerra, o país vive um "momento crítico", repleto de pendências que precisam ser resolvidas para "reafirmar o padrão de democracia brasileiro". Nesse contexto, em que o que está sendo decidido não é apenas o destino de um senador, mas o conceito de uma instituição, é necessário, em sua opinião, que o Senado reflita sobre seu papel constitucional de representante da federação e de Casa revisora das leis.

- É necessário que o Senado restabeleça sua posição de instituição cuja responsabilidade sempre foi reconhecida. O Senado deve decidir com juízo sobre medidas relevantes. Vamos cuidar da nossa tradição de Casa de brasileiros ilustres e de respeitabilidade agora, com o nosso voto, no Conselho de Ética e no Plenário - conclamou.

Sérgio Guerra acrescentou que é preciso que os partidos de oposição se entendam e que "não dispersem suas energias em disputas sem conteúdo".



27/08/2007

Agência Senado


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