Serra diz que Medeiros “está sendo ridículo”





Serra diz que Medeiros “está sendo ridículo”.
Ministro da Saúde revidou as insinuações do deputado de que estaria “encabeçando um grupo” para denunciá-lo

"Quem diria que, nesta altura da vida, Medeiros iria enveredar pelo surrealismo", disse José Serra, atribuindo o gesto do deputado do PL ao nervosismo de se defender da acusação.

O ministro da Saúde e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, afirmou que as insinuações feitas pelo deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PL/SP) são "surreais" e "ridículas". Através de sua assessoria de imprensa, o ministro ironizou as declarações do deputado.

"Quem diria que, nesta altura da vida, Medeiros iria enveredar pelo surrealismo", disse.
Para Serra, o deputado está excessivamente nervoso com as acusações de desvio de dinheiro do Instituto Brasileiro de Estudos Sindicais (lbes), que presidiu, para uma conta no exterior e perdeu o rumo da situação.

"E a única explicação. Ao invés de ele se defender direito, fica dizendo bobagens deste tamanho", acrescentou.
Com relação às insinuações de que Serra estaria "encabeçando um grupo para prejudicar futuros adversários na eleição presidencial de 2002, como Lula (PT) e Ciro Gomes (PPS)", o ministro da Saúde revida: "Ele quer distrair a atenção da imprensa fazendo ilações exóticas e até mesmo ridículas."

Para Medeiros, a intenção do "grupo" é atingir Lula, que ensaia uma aliança com o PL, e Ciro, que quer emplacar o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, como vice.


Partidos já gastaram R$ 1 milhão.
Ainda sem um candidato favorito à Presidência da República, pelo menos entre os governistas, o gasto com pesquisas e programas eleitorais está engordando as contas publicitárias dos grandes partidos políticos nacionais.

Segundo o jornal O Globo, neste ano, eles já gastaram, em média, R$ 1 milhão cada um, numa prévia do quanto será alto o preço da vitória na eleição de 2002. Cada uma das cinco inserções de lançamento da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), de apenas 30 segundos, custou R$ 50 mil ao partido.

Mesmo liderando as pesquisas, até o PT se rendeu ao poder do marketing. Contratou por R$ 600 mil o publicitário Duda Mendonça para produzir dois programas nacionais, cujo custo foi de cerca de R$ 700 mil.

O PFL decidiu pagar o preço da popularidade: R$ 1,2 milhão em programas e pesquisas. Além dos R$ 392 mil dos filmes de Roseana, o PFL já pagou R$ 230 mil pelo programa do primeiro semestre. Já o PSDB, terá gastado, até o fim do ano, R$ 1 milhão com programas e pesquisas.

Dos grandes partidos, o PMDB é o que menos investe em programas. O que foi veiculado na sexta-feira passada, só com gravações de estúdio, totaliza R$ 500 mil com o que já foi gasto em pesquisas. O partido investiu ainda pouco mais de R$ 100 mil na convenção nacional.


Congresso reage ao 13º salário.
O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB/MS), disse que considera muito ruim para a imagem do Congresso Nacional o projeto de resolução, já aprovado na Câmara e no Senado, que concede o 13º salário aos ex-congressistas, além de dobrar o benefício de aposentados e pensionistas de parlamentares mortos até 1997.

"Não me lembro de ter votado esse projeto. Por isso, pretendo estudá-lo na próxima segunda-feira (hoje), adiantou Tebet.

Já o bloco de oposição do Senado se reúne nesta semana para estabelecer a melhor estratégia para derrubar o benefício, que favorece, inclusive, os chamados anões do Orçamento, como os ex-deputados Genebaldo Corrêa e João Alves, e outros parlamentares que foram cassados ou forçados a renunciar para evitar punições.

A senadora Heloísa Helena (PT/AL) disse que a oposição tem duas opções: entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF ou propor um novo projeto de resolução "tentando anular este que foi aprovado calada da noite".


Koutzii e Pont cobram neutralidade de Tarso
Chefe da Casa Civil disse que prévias no PT para a escolha da chapa majoritária “não são oportunas nem necessárias

O chefe da Casa Civil Flavio Koutzii, acredita que "as manifestações de apoio a candidaturas ao Senado não devem precipitar o processo", referindo-se às declarações do prefeito Tarso Genro, que considera o deputado federal Paulo Paim como "o nome mais forte".

Koutzii, um dos mentores da tendência Esquerda Democrática, avalia que os quatro possíveis candidatos - o deputado federal Paulo Paim, a senadora Emília Fernandes, o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont e o secretário dos Transportes do Estado, Beto Albuquerque, têm as mesmas possibilidades.

O provável candidato ao Senado, Raul Pont, da Democracia Socialista, não vê problemas na manifestação do prefeito de Porto Alegre. 'A posição mais coerente é ambos se apoiarem mutuamente. Paim apoiou Tarso no ano passado. Eles estão na mesma posição há muito tempo", afirma.

Pont acredita que Paulo Paim não tem nenhuma participação na disputa interna do partido.


Simon quer Itamar de vice.
O senador Pedro Simon (PMDB) disse ontem que vencendo as prévias do PMDB para escolha do candidato à Presidência da República convidará o governador mineiro Itamar Franco para ser seu vice. 'Acho que ele não vai aceitar".

O senador considera importante ter o apoio de Minas Gerais numa eleição, mas confessa que acha inviável acontecer o contrário. 'A vice-presidência deverá ser do PDT e isso fortaleceria o acerto entre as duas siglas", especulou.

Simon declarou que mesmo ganhando a disputa de Itamar virá ao Estado para conversar sobre a sucessão estadual e admitiu que uma parte do PMDB pensa em lançá-lo candidato ao governo gaúcho. "Minha questão é clara. Disputarei as prévias", avisou.

Sobre os reflexos da saída do grupo ligado ao ex-governador Antônio Britto para o PPS ele considera que o PMDB só ganhou com essa mudança. "Saíram cinco e ganhamos mais 20", avaliou.


Celso Bernardi costura uma aliança anti-PT.
O pré-candidato ao governo gaúcho pelo PPB, Celso Bernardi, disse ontem que o seu partido manterá contatos com todas as siglas de oposição ao PT. Adiantou que já conversaram com o PFL e o PSDB, e nesta semana é a vez de falar com o PTB. "Estamos oferecendo uma vaga de vice-governador ou de senador", adiantou.

O presidente do PFL, Germano Bonow, acha cedo para falar em coligações, mas considera o PPB uma parceria que deve se efetivar. Jorge Gobbi, presidente do PSDB, não afasta uma aproximação, mas diz que os tucanos concorrerão com nome próprio.

"Vamos decidir o nosso candidato entre os deputados federais Yeda Crusius e Nelson Marchezan e o ex-vice-governador Vicente Bogo.


Aécio investe R$ 4,5 milhões em imagem
A idéia de usar dinheiro público em campanhas publicitárias da Câmara Federal gera polêmica.

Depois de muitas resistências e polêmica, a Câmara dos Deputados poderá investir até R$ 4,5 milhões em uma ação publicitária que inclui a execução de pesquisas de opinião, campanhas em emissoras nacionais de rádio, televisão e mídia impressa, eventos públicos e projetos de comunicação institucional.

A decisão de contratar uma agência de publicidade foi do presidente da Câmara, o mineiro Aécio Neves (PSDB). Inicialmente, ele pretendia investir R$ 8 milhões para mudar a impressão da opinião pública sobre o Parlamento.

A idéia de usar dinheiro público para uma campanha publicitária gerou polêmica e Aécio foi obrigado a suspender temporariamente os planos. Pouco tempo depois, os líderes fecharam um acordo e permitiram que fosse usado pouco mais da metade da verba inicialmente previs ta para a contratação da agência.

O assunto, no entanto,- não está superado e ainda deve provocar conflitos entre os deputados de oposição.
O líder do PDT, Miro Teixeira (RJ) disse que "a melhor publicidade que os deputados podem fazer é exercer corretamente suas funções e seguir o Código de Ética que já foi promulgado na Câmara".

Miro disse que vai esclarecer com o presidente da Casa a contração da agência.
O edital de licitação já está disponível para consulta no site da Câmara (www.camara.gov.br) desde o último dia 9.


Governadores começam a sonhar com o Senado.
Ser senador é o sonho da maioria dos governadores que estão deixando o cargo em 2002 e não podem mais disputar a reeleição. Apesar da crise ética na Casa, que culminou com a renúncia de três senadores, 11 governadores querem mudar-se para Brasília.

Outros três podem pleitear uma vaga no Senado se não conseguirem viabilizar seus nomes à Presidência: Roseana Sarney (PFL/MA), Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Itamar Franco (PMDB/MG).

Para disputar o Senado, os governadores terão de deixar o cargo seis meses antes da eleição. Isso pode fazer com que aqueles rompidos com seus vices desistam de disputar a eleição. Entre eles, o piauiense Mão Santa (PMDB) e o paraense Hildegardo Nunes (PTB).

O catarinense Espiridião Amin (PPB), que pode tentar a reeleição, deve preferir o Senado e apoiar sua mulher, Angela, para a sucessão. A candidatura é contestada pelos rivais, mas foi autorizada pelo TSE. Outros devem tentar ficar no cargo ou tentar vôos mais altos. Rumo distinto toma Amazonino Mendes (PFL/AM), que, desiludido com a política, vai dedicar-se a seu escritório.


Editorial

Debate necessário

Ao mesmo tempo em que divergem sobre os resultados do anteprojeto de lei do governo que permite a patrões e empregados negociarem direitos trabalhistas - como férias, 131 salário, descanso semanal remunerado e irredutibilidade de salários - tanto sindicalistas quanto empresários concordam num ponto: com a crise no emprego, é necessário mudar as leis que regulam o mercado de trabalho.

Os empregados temem os efeitos dos ajustes da lei, mas os técnicos do Ministério do Trabalho que elaboraram o anteprojeto dizem que as mudanças abririam a possibilidade de negociação de direitos previstos na legislação infraconstitucional e também na Constituição Federal. Seria possível negociar as condições dessas garantias constitucionais, mas o governo assegura que elas jamais poderiam ser eliminadas.

A Confederação Nacional da Indústria aprova as mudanças sugeridas, mas acha que elas ainda são insuficientes. O vice-presidente da CNI, Dagoberto Lima Godoy, lembra que "o excessivo engessamento do contrato de trabalho é um obstáculo ao emprego formal".

Embora, nos últimos cinco meses - maio a setembro o INSS tenha apontado um leve aumento no emprego formal, a globalização da crise, aliada ao fraco desempenho da economia brasileira, fez surgir uma onda de reestruturações e demissões que só poderão ser suficientemente avaliadas dentro de alguns meses. O que se sabe é que hoje, no Brasil, a maioria dos empregos é informal. Este número seria muito menor se não fossem tão pesados os encargos sociais que recaem sobre o empregador.


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10/15/2001


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