Servidora da Infraero alega erro na inclusão de seu nome em processo administrativo



A ex-superintendente de Relações Comerciais da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Márcia Chaves, em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, alegou a ocorrência de um "erro material" na inclusão de seu nome no laudo elaborado por peritos da estatal. Segundo ela a responsabilidade pela suposta retenção de documentos relativos à compra por R$ 26 milhões da FS3 Comunicação e Sistema de um software de gerenciamento de publicidade em 65 aeroportos administrados pela Infraero seria cabível à gerente de licitações da empresa, Maria do Socorro.

- Os próprios peritos da Infraero admitiram que houve troca de nomes em relação a outra funcionária da empresa. Isso significa que as acusações que foram feitas a mim não são verdadeiras. A acusação feita contra minha pessoa, na verdade, deve ser atribuída a outra - disse.

Questionada pelo relator da CPI, Demóstenes Torres(DEM-GO), sobre as causas do pequeno acréscimo de receita - de apenas 5% - no faturamento com venda de espaços publicitários após a implantação do software Advantage V2 da FS3, Márcia Chaves atribuiu o prejuízo à existência de muitas áreas fechadas nos aeroportos, em virtude da execução de obras.

Tratando de outra irregularidade atribuída a sua pessoa na prorrogação de um contrato da Infraero com a Shell Brasil S/A, Márcia informou aos membros da CPI sobre a existência de manifestação da Procuradoria Jurídica da estatal atestando a regularidade e legalidade de todos os atos praticados na transação. O contrato em questão foi rescindido em agosto de 2001 em razão de o operador do posto ter sido atuado pela Agência Nacional de Petróleo por venda de gasolina adulterada. Mesmo assim, a empresa entrou em acordo com a Shell e o operador do posto estendendo a vigência do contrato até 2013.

Mariângela Russo, outra servidora da Infraero acusada também de fraudar o processo de aquisição do software de gerenciamento de publicidade, negou igualmente ter recebido qualquer espécie de beneficio na compra. Ela admitiu, contudo, após Demóstenes ter informado sobre a quebra de seu sigilo telefônico, a possibilidade de ter recebido ligações da empresária Silvia Pfeiffer para tratar de negociação de espaço publicitário aeroportuários com a empresa Brasil Telecom.



04/09/2007

Agência Senado


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