Serys atribui sua citação no relatório da CPI a interesses político-eleitorais



Ao discursar em Plenário nesta quinta-feira (10), a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) atribuiu a interesses político-eleitorais o fato de ter sido citada no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas. Serys disse ter ficado perplexa com a acusação de envolvimento com a chamada "máfia das ambulâncias", negou ter qualquer tipo de participação no esquema e ressaltou que a comissão não tem provas contra ela nem contra seu genro, também acusado.

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Serys Slhessarenko acusou dirigentes da Planam de inventarem denúncias contra ela, ressaltando que nenhuma foi comprovada.

- Não há na CPI nenhuma acusação sobre a minha pessoa - afirmou.

A senadora também lembrou ter presidido uma comissão parlamentar de inquérito no Mato Grosso para investigar o narcotráfico e disse acreditar que pessoas atingidas pelas investigações poderiam estar por trás das acusações contra ela. A senadora, que é candidata ao governo do estado, acrescentou que é usual aparecerem acusações contra ela em períodos pré-eleitorais.

- Nunca me verguei à bandidagem e nunca me vergarei - afirmou a senadora.

Serys Slhessarenko disse que o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), admitiu não ter tido tempo de ler o relatório de defesa entregue por ela ao colegiado e também à Corregedoria Parlamentar do Senado. Para ela, as explicações que prestou à CPI foram jogadas "na lata de lixo". Ela informou que, na defesa que apresentou à comissão, incluiu dados relativos à quebra de seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.

- A CPI não teve tempo, interesse nem responsabilidade de ouvir minha defesa. É uma tentativa de linchamento político, mas eu tenho coragem de sobra para encarar isso - disse.

A senadora, que classificou a CPI como "tribunal de exceção", disse que o relatório "jogou todo mundo na vala comum", ressaltando que, entre os parlamentares citados, existem culpados e inocentes, e que a sociedade merece saber "quem é o joio e quem é trigo".

Serys disse esperar que tanto a Corregedoria Parlamentar quanto o Conselho de Ética do Senado aprofundem as investigações rapidamente, comprovando sua inocência.

Os senadores Magno Malta (PL-ES), Ideli Salvatti (PT-SC), Sibá Machado (PT-AC) e Eduardo Suplicy (PT-SP) apartearam o pronunciamento e prestaram solidariedade à colega mato-grossense.



10/08/2006

Agência Senado


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