Serys defende desenvolvimento para garantir soberania da Amazônia
Ao ler capítulo que trata da ocupação da Amazônia, do livro Vidas Roubadas - a escravidão moderna na Amazônia Brasileira, escrito pela jornalista inglesa radicada no Brasil Binka Le Breton, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) afirmou nesta segunda-feira (26) que a soberania e a integridade do território amazônico depende dos povos que lá vivem, das Forças Armadas e de instituições como o Banco da Amazônia (Basa).
Na avaliação da senadora pelo Mato Grosso, somente com a execução de um projeto de desenvolvimento sustentável o Brasil conseguirá garantir a integridade da região. Ela defendeu que o Senado participe ativamente da luta pela defesa da soberania da Amazônia e disse que se o país não atentar para o problema, poderá perder a água, as riquezas minerais e o potencial medicamentoso da floresta.
De acordo com o trecho do livro lido por Serys, o crime organizado hoje se estende pela Amazônia por meio do comércio de armas, do tráfico de drogas, da grilagem de terras e de assassinatos praticados por pistoleiros. O crime, ainda segundo Vidas Roubadas, envolve promotores públicos, juízes, delegados de polícia, prefeitos, deputados federais, senadores, latifundiários e empresários de todos os tipos.
A jornalista Binka Le Breton também denuncia que milhares de homens trabalham na região amazônica em troca de comida e são descartados quando deixam de ter utilidade. Diz a jornalista que estes trabalhadores são mantidos aprisionados pelo isolamento, ameaçados por pistoleiros e presos por sua dívida. Tudo isso acontece fora do alcance da lei, em fazendas escondidas no meio da floresta.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) defendeu que o governo brasileiro volte a pensar na possibilidade de aumentar o número de estados da federação. Ele observou que os Estados Unidos tem mais de 50 estados, enquanto o Brasil tem apenas 27. -Está na hora de dividir o país em mais estados para impulsionar o desenvolvimento de regiões que hoje estão carentes de progresso-, afirmou Mão Santa.
26/05/2003
Agência Senado
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