Serys é favorável à autoconvocação do Congresso
Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (9), a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) posicionou-se favorável à autoconvocação do Congresso Nacional para trabalhar em julho, época de recesso constitucional. A senadora explicou que seria contra a convocação com remuneração extraordinária, o que ocorreria se o pedido de trabalho extra viesse do Poder Executivo. Não há pagamentos extraordinários quando a convocação parte do próprio Congresso e é essa situação que a senadora defende.
Nesta quarta-feira (9), os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, José Sarney e João Paulo Cunha, apresentaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva proposta de adiamento do recesso de julho para agosto, para permitir a votação de projetos importantes. A senadora afirmou que se o Senado precisar da presença dos senadores -é aqui que temos que estar-. O senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) apoiou a posição da senadora.
Serys Slhessarenko também tratou da questão do meio ambiente, informando que participou na última semana, em Belo Horizonte, de um congresso de câmaras municipais para debater a Agenda 21 local. A senadora compareceu como presidente da Frente Parlamentar de Desenvolvimento Sustentável Agenda 21 Local. Ela disse que participou da assinatura da Carta de Crédito de Carbono, do Ministério de Ciência e Tecnologia.
A carta foi assinada durante a Semana do Meio Ambiente e trata da redução de emissão de gás carbônico. Na ocasião, foram anunciados os dois primeiros projetos aprovados no Brasil que seguem as recomendações aplicáveis ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Por este mecanismo, observou a senadora, os países que necessitem reduzir suas emissões para atingir os níveis definidos pelo Protocolo de Kyoto poderão adquirir "créditos de carbono" junto a países em desenvolvimento como o Brasil, que não possuem metas.
A senadora do PT afirmou que a questão precisa ser analisada com cuidado e atenção. -A questão é importante para o Brasil, independente da assinatura de outros países-, disse. A senadora também pediu rapidez na aprovação do projeto de biossegurança, em tramitação no Senado.
09/06/2004
Agência Senado
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