Serys elogia curso de "software" livre



A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) elogiou a realização, pela Universidade dos Correios, de curso de capacitação em software livre, iniciado nesta segunda-feira (26), com 2.200 inscrições, e com término previsto no dia 30.

- O software livre já é uma realidade no Brasil, resultante da vontade e determinação do governo e, principalmente, uma vitória da inteligência dos brasileiros - assinalou.

Serys disse que o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, esteve presente à cerimônia de abertura do curso, destacando o trabalho do ministro como um dos "grandes incentivadores" do software livre. Ela explicou que a adoção dessa plataforma na administração pública possibilitará economia de divisas, uma vez que os softwares atualmente utilizados são comprados em dólares.

A senadora também cumpriu o compromisso que assumiu de, todas as vezes que ocupar a tribuna, cobrar a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 77) que trata da reforma da Previdência, a chamada PEC paralela. "Vão cansar de me ouvir", alertou. Ela ainda voltou a cobrar a liberação de pelo menos 10% dos recursos arrecadados pela Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para os órgãos federais responsáveis pela recuperação de rodovias.

Serys defendeu que o Congresso discuta com urgência a reforma política, que para ela deveria ter sido a primeira reforma a ser discutida e aprovada, pois facilitaria as demais.

- É inviável discutir outras reformas sem definir a reforma política - afirmou. Ela também defendeu a abertura de diálogo entre governo, Congresso e sociedade sobre o novo valor do salário mínimo.

- A vida de mais de 100 milhões de brasileiros depende dessa definição. Eu espero que não venha para o Congresso algo pronto e acabado - afirmou.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) concordou com Serys sobre a importância da reforma política, "cantada há tanto tempo e sempre adiada". Ele observou que a discussão dessa reforma é uma responsabilidade do governo também e não apenas do Congresso. O senador ainda lembrou pesquisa recente da ONU sobre a consolidação da democracia na América Latina, que revelou a descrença do povo em um modelo político "retrógrado e ultrapassado". Para ele, esse modelo é a causa da descrença.

A violência no campo também foi citada pela senadora, que responsabilizou anos de concentração fundiária e de renda. Ela afirmou sua confiança em que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Terra produzirá um retrato fiel da questão fundiária no Brasil e defendeu a criação de um programa de agricultura familiar que garanta o sustento da família e uma produção a mais, que seria organizada através do cooperativismo.



26/04/2004

Agência Senado


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