Serys Slhessarenko defende "software" livre



Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Software Livre, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) manifestou sua solidariedade para com o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), da Casa Civil da Presidência da República, Sérgio Amadeo, que está sendo interpelado judicialmente pela Microsoft.

A empresa norte-americana quer explicações sobre entrevista concedida por Amadeo à revista Carta Capital, em que ele afirma que o mercado de programas de computador se assemelha a situações vivenciadas por usuários de drogas, -em que a primeira dose é sempre de graça-.

Para Serys, o país não pode aceitar que um cidadão brasileiro seja processado apenas por defender o software livre e combater o monopólio de empresas como a Microsoft. A senadora disse ainda que o governo brasileiro apóia totalmente a idéia do software livre. Em sua opinião, isso é que está incomodando megaempresários do setor.

- É com surpresa e indignação que comunicamos a decisão da poderosa Microsoft, que se constitui no maior monopólio do nosso planeta quando se trata de sistemas operacionais, e que resolveu ameaçar, neste momento, uma das principais lideranças da luta pelo software livre no Brasil - disse a senadora.

Serys Slhessarenko definiu como um ataque à utilização do software livre no país a decisão da Microsoft de interpelar judicialmente -um dos combatentes do aprisionamento tecnológico nacional, que é o combativo Sérgio Amadeu da Silveira-. Na opinião da parlamentar, o processo tem o claro objetivo de tentar barrar o projeto de software livre conduzido pela Casa Civil da Presidência da República.

- Quando a poderosa Microsoft ataca este técnico tão dedicado que é o presidente do ITI, está na verdade tentando parar com a nossa luta contra toda forma de monopólio no que se refere à tecnologia da informação - afirmou.

A senadora acrescentou que, quando a Microsoft parte para este tipo de ataque, o alvo é a luta, crescente no Brasil, contra a continuada remessa de royalties ao exterior, para o pagamento de licença de uso do software proprietário. Serys Slhessarenko avisou que o movimento pelo software livre é muito maior que uma empresa que tem apenas 200 funcionários no Brasil.



24/06/2004

Agência Senado


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