Serys ensina: "meu nome é pronunciado da maneira como é escrito"



Logo na posse, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) soube que, também no Senado, teria que conviver com algo que é comum na sua vida: a dificuldade de seus interlocutores de pronunciarem seu nome corretamente. Naquele dia, o presidente do Senado, José Sarney, atrapalhou-se ao anunciar o nome da senadora, candidata a suplente da Mesa do Senado, pediu desculpas e disse que a prática o faria se familiarizar com a pronúncia.

A senadora reconhece a dificuldade de as pessoas pronunciarem seu nome corretamente, mas ensina que, para acertar, basta ler, com tranqüilidade, o nome, exatamente como se escreve.

- A pessoa tenta fazer o que pode, principalmente quando tem que ler o nome em público. Olha aquele monte de consoantes, mais consoantes que vogais, que mais parece uma sopa de letrinhas, fica parada e tenta dizer alguma coisa parecida. Mas se você vê o nome escrito, dá para ter uma boa idéia de como se pronuncia: bem como se escreve - explica.

A senadora esclarece que o sobrenome tem origem ucraniana e se incorporou ao seu nome após o casamento. O pai de seu marido, continua, veio da Ucrânia (país do leste europeu que fez parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Mas ela disse que isso nunca foi um problema, o que pode ser atestado na sua vida pública.

- O nome parece bastante difícil, mas não é assim, não. O povo de Mato Grosso me elegeu por três vezes deputada estadual e, nas duas primeiras, o eleitor tinha que escrever o nome na cédula. Mesmo assim, fui a segunda mais votada. As pessoas até brincam comigo: -como, com esse nome, o povo conseguia votar e lhe fazer a segunda mais votada do estado?- O povo é sábio, quando ele quer, ele vota, com nome difícil e tudo - declarou.

Ela concorda que até o seu primeiro nome é de grafia fora do usual. Como o ipsilon é uma letra pouco usada, ela narra que é comum que as pessoas a chamem de -Serís-.

- O primeiro nome também é motivo de muitos equívocos. E, com o segundo nome, então, as pessoas inventam tudo quanto é pronúncia - resigna-se.



21/02/2003

Agência Senado


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