Sibá diz que o Brasil precisa de forças armadas bem remuneradas



Pela liderança do PT, o senador Sibá Machado (AC) disse, na sessão especial em comemoração ao Dia do Exército, que forças armadas profissionais têm de ter rendimentos compatíveis com suas tarefas e responsabilidades. Sibá ressaltou que o Brasilprecisa de força militar ágil, moderna, bem aparelhada e adequadamente remunerada.

É necessário também, disse Sibá, garantir os projetos estratégicos para a defesa nacional e para o desenvolvimento científico-tecnológico. O governo, segundo o senador,tem deassegurar a continuidade de projetos estratégicos de alta relevância para o país, desenvolvidos no âmbito das três Armas,sob a coordenação do Ministério da Defesa.

Sibá defendeu uma política de revisão dos patamares remuneratórios das Forças Armadas. Além de fazer os investimentos imprescindíveis no reaparelhamento e na "reformatação" das Forças Armadas e na manutenção de programas de relevância estratégica, é necessário que o Estado não seja conivente com o desvirtuamento das funções de defesa, afirmou o senador.

Sibá observou que, há muito tempo, há pressões para que as forças armadas dos países latino-americanos se engajem na luta contra o narcotráfico e o crime organizado. O agravamento da violência urbana aumenta o clamor por essa mudança de orientação institucional, acrescentou.

- Ora, a função constitucional das Forças Armadas é a da defesa da Pátria, especialmente de seu território. A defesa da lei e da ordem, embora admitida constitucionalmente, deve ser encarada como situação excepcional e ancilar, em que paire grave ameaça aos poderes constitucionais e à soberania nacional - declarou.

É necessário, segundo Sibá, encontrar soluções para o crítico quadro de insegurança pública, especialmente nas regiões metropolitanas, que prescindam do envolvimento direto e cotidiano das Forças Armadas.

Na opinião do representante petista, há indícios de que o engajamento de alguns exércitos latino-americanos na "guerra contra o narcotráfico" produziu resultados opostos aos esperados e levou a corrupção do "dinheiro sujo" aos praças e ao oficialato. Segundo Sibá, vêm de longe as pressões para o desvirtuamento da defesa nacional.

- Ao final do Império, o regime monarquista demandou que os militares fossem usados para conter rebeliões nas senzalas e para buscar escravos fujões, fazendo o papel dos tristemente famosos "capitães-do-mato". Deodoro da Fonseca encerrou a questão ao afirmar: "Não nos dêem tais ordens porque não as cumpriremos! "- concluiu o senador pelo PT do Acre.

25/04/2007

Agência Senado


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