Simon defende liberdade de ação e expressão para procuradores



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta segunda-feira (5) A Procuradoria Geral da República (PGR) dos ataques que vêm sofrendo de integrantes do PT e do governo, em razão da divulgação de fita de áudio em que o subprocurador-geral José Roberto Santoro pressiona o empresário do jogo de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a cooperar numa investigação capaz de "derrubar o governo do PT".

Para o parlamentar gaúcho, independentemente do comportamento de Santoro, os procuradores têm agido com muito cuidado na defesa da lei e na busca de punição para os corruptos. Simon lembrou que historicamente o PT defendeu o Ministério Público e fez chegar ao órgão denúncias graves. Por isso ele estranhou que muitos dentro do partido, e até o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, venham defendendo a "lei do cabresto" para os procuradores.

- Não há como negar equívocos, por exemplo, de promotores recém-formados que processam prefeitos sem recursos materiais para realizar obras, mas daí a querer calar os procuradores há uma diferença muito grande - ponderou Simon.

Para garantir a importância do papel dos procuradores, o senador citou como exemplo a destruição de provas pela polícia de Alagoas no Caso PC. Querer tirar os procuradores das investigações, seria dar espaço à ação de pessoas interessadas na impunidade. E um perigo tão grande quanto esse seria calar a voz do Ministério Público.

- Se quando os procuradores falam, não há punição, imaginem com a lei da mordaça - disse o senador referindo-se ao projeto de lei em tramitação no Congresso que impede os procuradores de se pronunciarem ou divulgarem informações sobre os casos que estiverem investigando.



05/04/2004

Agência Senado


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