Simon defende reparação a Jango em diálogo com general em São Borja
“A história comete erros, sim. Por isso, para reparar um erro e deixar claro que o movimento de 1964 foi um golpe, o Congresso anulou a sessão, que de forma ilegal e inconstitucional decretou vaga a presidência da República.” A frase foi dita nesta sexta-feira (6), em São Borja (RS), pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) em diálogo com o comandante militar do Sul, general Carlos Bolivar Goellner.
A informação é da Assessoria de Imprensa do parlamentar. Simon e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) assistiram na cidade gaúcha ao sepultamento dos restos mortais de Jango, que haviam sido retirados do túmulo e submetidos a perícia, em Brasília, diante da suspeita de envenenamento. Os dois senadores são os autores do projeto de resolução que anulou a sessão do Congresso e deu contornos supostamente legais ao golpe militar.
De acordo com a nota da assessoria, o oficial do Exército havia declarado que o fato de o presidente João Goulart, morto no exílio, ter recebido agora honras de chefe de Estado, não representava uma reparação de um erro histórico.
Durante as homenagens, entre as quais uma missa, Simon contou que estava com o presidente em Porto Alegre, na madrugada de dois de abril de 1964, quando o presidente do Congresso na época comunicou a falsa notícia de que Goulart estava “em lugar incerto e não sabido”. Em seguida, deu posse no cargo ao presidente da Câmara. Poucos dias depois, uma junta militar assumiu o poder.
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06/12/2013
Agência Senado
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