SIMON DIZ QUE ESTÁ PREOCUPADO COM TRATAMENTO QUE VEM SENDO DADO A ACM



Em discurso no plenário, nesta terça-feira (dia 29), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou a sua preocupação com o "tom reverencial" com que as pessoas vêm tratando o presidente da Casa, senador Antonio Carlos Magalhães. Ele disse que ao assistir o programa Roda Viva, da TV Cultura, com o senador, apresentado nesta segunda-feira (dia 28), ficou assustado com o comportamento dos jornalistas. "Eu senti um clima de receio dos jornalistas ao fazer as perguntas. Isso me preocupou. Estou achando que está havendo um exagero", completou.O senador elogiou o programa e disse que esperava um debate acalorado, que não aconteceu "não por culpa de Antonio Carlos, que se saiu excepcionalmente bem e estava tranqüilo e sereno", mas porque os profissionais pareciam intimidados. Para Simon, apesar do programa contar com jornalistas brilhantes, o domínio absoluto foi de Antonio Carlos. O senador exemplificou essa situação lembrando que Antonio Carlos havia dito em entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (dia 28) que "reforma não tira ministros da Bahia" e que nenhum profissional o indagou sobre o assunto. - Eu nunca tinha visto isto, quando o senador começava a falar acontecia um silêncio de igreja. Ele é humano, tem qualidades, virtudes, pontos altos e baixos - completou. Um dos momentos mais significativos no debate, para o senador, foi quando Antonio Carlos num "gesto importante" deu publicamente ao jornalista Ricardo Noblat um dossiê e uma autorização para quebrar seu sigilo bancário, quando o profissional mencionou, em uma pergunta, que a Polícia Federal estaria investigando fatos ocorridos com o Banco Econômico da Bahia.Para Simon, ficou claro, pelo programa, que Antonio Carlos Magalhães que está em plena campanha para a presidência da República, apesar de ter dito que por enquanto é candidato a senador. Em seu pronunciamento, Simon fez um reparo a uma declaração do senador Antonio Carlos sobre o falecido deputado Ulysses Guimarães. Simon disse que apesar de Ulysses ter sido "radicalmente contra a instalação da CPI do Collor", como Antonio Carlos afirmou, ele acabou concordando com sua necessidade em reunião de duas horas, onde o convenceu. Simon explicou que Ulysses temia um desfecho parecido com a CPI sobre João Goulart e a de Getúlio Vargas.

29/06/1999

Agência Senado


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