Simon e Adelmir Santana lembram participação da OAB na luta pela redemocratização do Brasil
Quando o Brasil vivia sob o regime militar, os que defendiam a ruptura, a luta armada e a tomada do poder pela força costumavam classificar de covardes os que entendiam que a mudança deveria ocorrer através da conscientização da sociedade. Ao dar esse testemunho histórico sobre aquele momento, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que fazia parte do grupo que pleiteava uma saída pacífica, comentou que a campanha pelas Diretas Já e pela convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte só foi possível graças ao comando da Ordem dos Advogados do Brasil.
- Eu ouvi muito desaforo. Mas a OAB continuou na luta. Eu participei e aprendi nos congressos para debater a Constituinte lá na OAB. O caminho era a convocação da Constituinte. Eu participei da campanha, do debate pelas diretas lá na OAB. Depois a gente ia atrás, mas começou lá. Depois o MDB ia atrás, a UNE ia atrás, muitas entidades iam atrás, mas a OAB sempre começou. Essa é a grande história extraordinária da vida da OAB - declarou Pedro Simon.
O senador Adelmir Santana (DEM-DF), que também prestou sua homenagem à OAB pelos seus 80 anos de criação, lembrou que em vários momentos de sua história a Ordem dos Advogados do Brasil foi temida "pelos detratores da liberdade, usurpadores do poder e tiranos". Ele afirmou que a população brasileira se orgulha de poder celebrar o aniversário da entidade porque ela sempre esteve presente "nos momentos mais difíceis e decisivos de nossa história".
O parlamentar destacou que quando o país se uniu contra o regime militar em busca da redemocratização e da reconquista da liberdade e da participação política plena, a OAB esteve presente ao lado dos partidos políticos, dos movimentos sociais e de brasileiros ilustres. Adelmir registrou que, naquela luta, os advogados brasileiros não foram coadjuvantes: "eles estiveram na linha de frente, defendendo presos políticos e perseguidos pelo regime".
18/11/2010
Agência Senado
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