SIMON ELOGIA CAMPANHA DA FRATERNIDADE



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez nesta segunda-feira (dia 27) elogios à Campanha da Fraternidade deste ano, que reúne além dos católicos mais sete igrejas cristãs e que tem como tema "Dignidade Humana 2000, Novo Milênio, Sem Exceções". Simon lembrou que a quaresma (período entre o carnaval e a páscoa), quando tem início a Campanha, é um período em que os cristãos são chamados a meditar sobre a vida, a realidade do mundo e do Brasil.
Por isso, destacou o senador, a campanha pretende utilizar os valores morais e éticos para exaltar a dignidade da pessoa humana e promover a solidariedade. "Muitos poucos de nós fazem alguma coisa", afirmou. Prova disso, conforme o senador, é a existência de um mercado de luxo para o consumo de produtos veterinários, enquanto 71 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estão afastados do mercado de consumo.
Em aparte, o senador Lauro Campos (PT-DF) disse que as sociedades que têm como seu melhor amigo o cão, transformaram o próximo em inimigo. O senador revelou ainda que, no Japão, cada pessoa gasta em média US$ 300 por mês com a criação de cães domésticos.
O senador Tião Viana (PT-AC) citou dados da Organização Mundial da Saúde, segundo os quais, 35 mil crianças morrem diariamente em todo o planeta; que 90% das crianças africanas sofrem com doenças convulsivas "por falta de um remédio baratíssimo"; e que a cada três crianças que morrem no Brasil, uma poderia ter sido salva "se os governos tivessem investido um pouco mais em saúde nos últimos anos".
No mesmo pronunciamento, Simon sugeriu que o Senado convidasse o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, para implementar um programa pioneiro com recursos do Fundo da Pobreza. Segundo o senador, o governo do DF construiria duas ou três casas para onde seriam levadas as crianças e famílias encontradas nas ruas após as 23h. Nessas casas, essas pessoas teriam condições de tomar um banho, fazer uma refeição e teriam uma cama para dormir. Simon disse ainda que também poderia ser oferecida a oportunidade de tirar carteira de identidade e de trabalho. "Não posso aceitar que as pessoas andem nas ruas, vejam o que está acontecendo e não façam nada. Este programa seria um grande início", acredita.

27/03/2000

Agência Senado


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