Simon lamenta quadro de programa de humor que atacou o Senado Federal



O senador Pedro Simon disse ter ficado "boquiaberto" com um quadro do programa humorístico Casseta e Planeta Urgente , transmitido na última terça-feira (dia 7) pela Rede Globo de Televisão. Simon narrou a cena do programa, em que presidiários cavam um túnel para fugir. O primeiro da fila de presos, ao abrir uma tampa no fim do túnel, pede que os companheiros voltem, porque ali era o Senado Federal onde não poderiam entrar, porque o lugar estava "cheio de ladrão".

Dizendo-se grande admirador do programa - que qualificou de "sensacional, competente e inteligente" -, Simon disse que muita gente deve ter rido da piada. Ele reconheceu que o Senado "está na vitrine do Brasil inteiro para receber pedrada", mas observou que coisas como essa machucam.

- Não acho que Senado Federal esteja cheio de ladrões. Aqui há parlamentares da maior dignidade, homens simples, experientes, grandes empresários dos mais variados setores, pessoas que ocuparam cargos em entidades importantes no mundo empresarial ou sindical. Não posso aceitar a tese de que o Senado é composto por ladrões. Sei que é uma charge , mas o duro é que ela marca mais do que um comentário sério - afirmou o senador, da tribuna do Plenário, onde discutia a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita a edição de medidas provisórias.

Simon afirmou que, embora considere normal a brincadeira feita pelo programa de televisão, a imensa maioria dos senadores é honesta.

- Acho que esta casa merece respeito - disse.

O representante do Rio Grande do sul lembrou que o Senado "está tendo um comportamento que nunca teve no passado", quando jamais investigou um senador. Nesta Legislatura, ressaltou, a Casa já cassou o mandato de um parlamentar de seu partido (Luiz Estevão) e outros dois (Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda), processados pelo Conselho de Ética, só não foram cassados porque renunciaram antes disso. E, agora, sublinhou, é o presidente do Senado que está sendo processado.

Simon elogiou a escolha dos senadores que investigam Jader Barbalho no Conselho - Jefferson Péres (PDT-AM), João Alberto (PMDB-MA) e Romeu Tuma (PFL-SP) -, que considerou muito competentes.

09/08/2001

Agência Senado


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