Simon lê em Plenário decisão do STJ sobre prisão de Arruda e diz que o fato é 'um marco'
"A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reunida extraordinariamente nesta quinta-feira (11), determinou a prisão preventiva do governador José Roberto Arruda e de mais cinco pessoas, com o objetivo da preservação da ordem pública e da instrução criminal". O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu a palavra para ler essa decisão do STJ e comunicar que o governador Arruda já havia se apresentado espontaneamente na sede da Polícia Federal, no Setor Policial Sul de Brasília.
- Essa notícia não me causa nenhum sentimento de alegria, nem de felicidade. O governador Arruda foi meu colega no Senado, sempre tive por ele o maior carinho, respeito e amizade. Mas, com toda a sinceridade, estamos vivendo um momento muito importante na vida do Brasil. Talvez esse seja um marco histórico: o fim do país campeão mundial da impunidade - afirmou Pedro Simon.
Na avaliação do senador pelo Rio Grande do Sul, até então o Brasil era o país em que apenas "os que roubavam pouco" ou "os ladrões de galinha" terminavam na cadeia, já que os políticos ou os que têm dinheiro nunca iam presos. Simon declarou que não acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenderá a prisão preventiva, como em outras vezes, em virtude de a determinação ter sido tomada por um colegiado que se posicionou de forma quase unânime. Foram 12 votos a favor da prisão e dois contrários.
Segundo notícia lida por Simon, de autoria da assessoria de imprensa do próprio STJ, também foram decretadas as prisões preventivas do suplente de deputado distrital Geraldo Naves; do ex-secretário de Comunicação do GDF, Wellington Moraes; do ex-secretário e sobrinho de Arruda, Rodrigo Arantes Carvalho; e do ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB), Haroldo Brasil Carvalho.
11/02/2010
Agência Senado
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