SIMON LEMBRA GETÚLIO E LAMENTA ATRASO DO CÓDIGO DE ÉTICA DE FHC
O senador discordou da frase do ex-ministro Ciro Gomes, de que "o presidente Fernando Henrique não rouba, mas deixa roubar". Simon entende que Fernando Henrique não rouba e não deixa roubar, mas precisa ser mais firme. Ele disse torcer para que o presidente, apesar de baixar o ato com mais de seis anos e meio de atraso em relação ao início de sua gestão, efetivamente use o código e demita quem contrariá-lo, "nem que seja o Malan".
Pedro Simon lembrou que Getúlio Vargas cometeu suicídio na madrugada de 24 de agosto de 1954 para evitar um golpe de estado, resistir à pressão dos militares pela renúncia e, principalmente, evitar uma guerra civil no país". Só depois da tragédia, disse Simon, a mídia se deu conta do papel de Getúlio Vargas "para consolidar a nação brasileira e acabar com a política dos presidentes (governadores) estaduais antes da Revolução de 30". Simon destacou a "dignidade e honestidade do doutor Getúlio, que deixou para seus filhos muito menos do que recebeu como herança de seu pai".
O senador gaúcho disse que, apesar dos equívocos de Getúlio Vargas, como o golpe do Estado Novo, em 1937, a História mostrou que ele, na presidência, "foi de uma retidão que chegava ao exagero". Honestidade que o senador também aponta na passagem de Itamar Franco pela Presidência da República. "Não há governo que tenha tido maior preocupação com a ética do que o governo Itamar", observou.
Simon lamentou, dentro desse contexto, que um dos primeiros atos do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando assumiu, tenha sido acabar com a comissão de notáveis criada por Itamar para combater a corrupção. "Hoje", acrescentou, "os jornais dizem que o presidente quer criar a comissão de novo; é bom, mas é tarde". A mesma sensação tem Simon em relação ao código de ética recém-editado pelo governo para orientar o comportamento do alto escalão da administração.
24/08/2000
Agência Senado
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