Simon pede à Dilma que converse com parlamentares e governadores antes de tomar decisões
Em discurso nesta sexta-feira (28), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) recomendou à presidente Dilma Rousseff que marque reunião com o vice-presidente de República, Michel Temer, com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, assim como com os líderes partidários e governadores de estados antes de tomar medidas em resposta às manifestações.
O senador criticou o fato de a presidente anunciar propostas, como a Constituinte específica e o plebiscito, sem consultar as autoridades e, depois, ter de voltar atrás em suas decisões.
Simon reconheceu haver ideias discordantes sobre como agir diante das reivindicações populares e sugeriu iniciar pelos pontos consensuais. Para ele, é preciso chegar a um entendimento sobre o que é “absolutamente necessário” fazer neste momento e realmente colocar em prática.
- Se ela reunisse todo mundo, em vez desse tom autoritário, seria uma coisa extraordinária - disse.
O senador ainda observou que os jovens estão indo às ruas para discutir um novo Brasil e, de forma apartidária, com utilização das redes sociais, apresentam suas reivindicações. Ele lembrou que, em decorrência da pressão, o Senado aprovou, por exemplo, o projeto que torna a corrupção crime hediondo (PLS 204/2011). Simon sugeriu que os jovens organizem uma pauta de reivindicações para haver coerência sobre o que precisa ser feito.
- Fato novo no Brasil é essa gurizada nas ruas. Essa questão não é do Brasil, é universal, veio com a tecnologia avançada. Os jovens aproveitam a tecnologia moderna, a novidade que está revolucionando o mundo. Os jovens não dão mais bola para as TVs clássicas, mas vão à internet, às redes sociais. Como aconteceu no Egito, marcaram hora e local, sem líderes, e derrubaram a ditadura, observou o senador.
Ao defender que os jovens continuem indo às ruas cobrar mudanças, Pedro Simon alertou que muitos “vigaristas” estão aproveitando para roubar e vandalizar. Ele informou que muitos dos vândalos presos já têm processos criminais. Contra esses, o senador recomendou rigor.
- Os quebra-quebras, roubalheiras, são feitos por gângsteres que se aproveitam. Temos de fazer distinção entre os protestos e vandalismo - alertou.
28/06/2013
Agência Senado
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