Simon rejeita mudanças na forma de escolha de ministros dos tribunais superiores



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou, nesta quinta-feira (19), tese defendida por um grupo de parlamentares que quer mudar a forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores. Pela proposta, os cargos não seriam mais vitalícios, mas ocupados por um prazo determinado, e as indicações não caberiam mais ao presidente da República, mas a deputados e senadores.

Além de afirmar que o atual sistema vem "funcionando bem" ao longo da história, Simon chamou a atenção para o fato de que o momento não é adequado a adoção de medidas dessa natureza. Ele lembrou que há um choque entre Justiça e Congresso Nacional, com a Justiça tomando decisões importantes nas questões sobre as quais o Congresso "não tem coragem de legislar". Simon fez um apelo para que o grupo formulador dessa tese pare de mexer nessas questões no momento.

- O Congresso tem falhado em algumas missões de tremenda responsabilidade. Estamos aqui parados e, desde o dia 8 de maio, só se vota medida provisória ou [indicação de] autoridade. Nem um projeto importante consegue ser votado porque as medidas provisórias trancam a pauta. É uma humilhação para o Congresso brasileiro - disse.

Simon revelou que na quarta-feira (18) se recusou a assinar uma proposta nesse sentido e lembrou que, quando governou o Rio Grande do Sul, não indicou um nome para o cargo de ministro do Tribunal de Contas do estado porque os deputados estaduais exigiam que o indicado fosse um deles.



19/06/2008

Agência Senado


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