'Soberania não se discute, se exerce', diz FHC
'Soberania não se discute, se exerce', diz FHC O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem em discurso na Cosipa que negociações comerciais não podem ser confundidas com negociações de soberania: "Soberania não se negocia, se exerce". O Brasil não reduzirá a produção de aço, informou ontem o embaixador Valdemar Carneiro Leão, diretor-geral do Departamento Econômico do Itamaraty, contrariando os interesses do governo americano. A recusa será apresentada nos dias 17 e 18 em encontro internacional. (pág. 1 e B4)
Anteontem, em jantar com o PTB, o Presidente elogiou o papel do Congresso e criticou os que preferem o autoritarismo e o caudilhismo: "Não é fácil ser democrata no Brasil". (pág. 1 e A4)
O ritmo de desembolsos do BNDES cresceu em novembro, com a liberação de R$ 2,7 bilhões para os clientes. O valor fez o acumulado de 11 meses subir para R$ 22 bilhões, um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2002. O orçamento do banco é de R$ 26 bilhões até o fim do ano, o que dá "folga" de R$ 4 bilhões para mais liberações. (pág. 1 e B11)
Um alto funcionário da área de comércio exterior do governo americano rebateu ontem as críticas do presidente Fernando Henrique Cardoso, diplomatas e parlamentares brasileiros ao "fast track", aprovado pela Câmara de Representantes dos EUA. Para essa fonte, não é justo dizer que a legislação não inclui a delegação tradicional de poder negociar. (pág. 1 e B5)
Novas incursões nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em mais um dia da escalada de violência no Oriente Médio, resultaram na morte de oito palestinos. Caças F-16 bombardearam uma unidade da Força 17, a guarda pessoal de Yasser Arafat. De acordo com o governo de Israel, o ataque era uma retaliação aos disparos de morteiros contra colônias judaicas.
Para a Autoridade Palestina, trata-se de reocupação de territórios. O primeiro-ministro Ariel Sharon não vê mais em Arafat um interlocutor. O ministro das Relações Exteriores, Shimon Peres, pensa o contrário. (pág. 1 e A22)
As forças anti-Talibãs acreditam ter localizado o esconderijo do saudita Osama bin Laden no complexo de cavernas e túneis de Tora Bora. A Casa Branca não demonstrou a mesma certeza, mas o presidente George W. Bush continua prometendo capturá-lo. "Vamos pegá-lo. Amanhã, daqui a um mês ou um ano, mas vamos pegá-lo", afirmou, um dia depois da exibição do vídeo que mostra o terrorista contando como planejou os atentados de 11 de setembro. O vídeo causou grande repercussão nos Estados Unidos, sobretudo entre os parentes das vítimas. (pág. 1, A16 a A20)
A entrada de Miguel Kiguel no lugar de Daniel Marx como vice-ministro da Economia da Argentina, praticamente definida ontem, reforçou a tendência do país de partir para a dolarização. Marx pediu demissão na noite de quinta-feira. Kiguel, economista e diretor do Banco Hipotecário, foi assessor do ministério entre 1996 e 1999 e não esconde sua posição favorável ao uso da moeda americana. (pág. 1 e B1)
O leilão de recompra e venda de título cambiais realizado ontem pelo BC foi considerado "um bom teste" pelo mercado. (pág. 1 e B7)
O PT aprovou ontem uma política de alianças para a eleição de 2002 "com forças da esquerda e do centro", de oposição a FHC. O acordo saiu após o grupo do deputado José Dirceu (SP) recuar e retirar do texto a menção ao PL do senador José Alencar (MG), cotado para vice do provável candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Essa foi a forma de os moderados contornarem a resistência ao PL dentro do próprio grupo light. (pág. 1 e A7)
EDITORIAL
"A psicopatologia do terror" - Seja o que for que Osama bin Laden tenha pretendido ao se deixar filmar, algo é certo: a gravação dá uma visão desimpedida da psicopatologia do terror. O desvario convive com o talento para planejar ações homicidas. (pág. 1 e A3)
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12/15/2001
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