SOLUÇÃO PARA IMPASSE ENTRE CPIS E SUPREMO ESTÁ BEM ENCAMINHADA, DIZ ACM



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, avaliou na manhã desta quinta-feira (dia 1º) que o impasse criado entre as Comissões Parlamentares de Inquérito e o Supremo Tribunal Federal (STF), por conta de liminares contra bloqueios de bens e quebras de sigilos (bancário, telefônico, fiscal), é uma questão "com solução bem encaminhada". Apesar de evitar comentar o resultado do jantar que reuniu até à madrugada desta quinta-feira (dia 1º), no Palácio da Alvorada, o presidente e o vice-presidente da República e os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo, Antonio Carlos destacou que o encontro "foi muito bom".De acordo com o senador, a informação oficial sobre o jantar está sendo divulgada pela presidência da República, por meio de uma nota oficial. Antonio Carlos, no entanto, relacionou os assuntos que não foram tratados no encontro: política, reforma ministerial e teto salarial. A nota divulgada pelo Palácio do Planalto informa que a reunião começou às 22 hs da quarta-feira (30) e terminou à uma da madrugada desta quinta-feira (dia 1º). A comunicação liberada pela Secretaria de Imprensa e Divulgação da presidência registra que "o presidente da República manifesta reconhecimento a todos os que participaram do encontro, o qual se realizou no espírito do mandamento constitucional que estabelece a independência e a harmonia entre os Poderes. Com esse espírito, o Presidente discutiu com seus interlocutores o encaminhamento de algumas reformas para o aprimoramento das instituições e em benefício do entendimento entre o governo e a sociedade. Todos manifestaram-se positivamente, com respeito e cordialidade, quanto a esses propósitos".PLANO REALO presidente do Senado comentou o quinto aniversário do Plano Real.- Se o governo fizer uma boa comunicação, certamente o balanço vai apresentar dados positivos em todos os setores. Vale a pena mostrar o que se fez, estado por estado.Com relação à nota oficial do governo do Rio Grande do Sul, criticando a ida da montadora Ford para a Bahia depois de abandonar o projeto gaúcho, Antonio Carlos observou que "desde 97 o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) oferecia as mesmas condições obtidas hoje pela Ford. Daí porque o então governador gaúcho, Antonio Brito, conseguiu levar a montadora para o estado. Aí veio o novo governador, com sua política inteligente e agressiva, e proibiu a Ford de se instalar, com grande prejuízo para seu povo e particularmente para os trabalhadores".A Bahia, acrescentou o senador, candidatou-se, a exemplo de outros estados, a receber a fábrica da Ford. O BNDES, por sua vez, estabeleceu que o projeto deveria ser instalado preferencialmente em um estado do Nordeste ou no Espírito Santo, como forma de estimular o desenvolvimento regional. - O banco ofereceu as mesmas condições que havia dado para o Rio Grande do Sul e a Ford, depois de analisar a boa situação financeira da Bahia e sua estabilidade política, concluiu que ali seria o melhor local para instalar sua fábrica - destacou.Antonio Carlos acrescentou que um grande debate no Congresso Nacional, na última terça-feira, "consagrou esse entendimento por ampla maioria e transformou a decisão em uma decisão do povo brasileiro, fora os muxoxos da minoria vencida, visando ao fortalecimento do Nordeste".A ida do senador Luiz Estevão (PMDB-DF) à CPI do Judiciário para esclarecer suas relações com os proprietários da construtora responsável pela obra do Fórum Trabalhista de Primeira Instância de São Paulo foi considerada "natural" pelo presidente da Casa, "em função das suspeitas levantadas em relação ao senador, principalmente pela mídia".

01/07/1999

Agência Senado


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