Suassuna defende ação das elites contra a corrupção



Usando como exemplos a venda de sentença por juízes federais e a crise da Parmalat, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) fez nesta quinta-feira (29) discurso em que defendeu urgente ação contra a corrupção. Embora tenha lembrado o papel ativo do Senado nos últimos anos, especialmente com a instalação de comissões parlamentares de inquérito, Suassuna citou estudo do ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, para quem a ausência do Estado na defesa de direitos pode resultar em criminalidade.

Segundo Brindeiro, seguidas manifestações populares demonstrariam que é "inaceitável considerar a corrupção como parte integrante da cultura nacional". A corrupção seria, sim, o traço apenas de alguns setores da sociedade, que teriam transformado essa prática num mal crônico.

Cumpriria, portanto, às elites conscientizar-se da gravidade do problema e tomar medidas urgentes para preservar a confiança da população nas instituições políticas e jurídicas. Mas, afirmou o senador, endossando as teses de Brindeiro, a punição dos culpados não seria suficiente para reverter o quadro de degradação, necessitando-se o apoio nas normas de natureza moral e religiosa.

Sudene

O senador também defendeu em seu discurso a revitalização da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Na quarta-feira (28) foi realizada mais uma reunião dos parlamentares da região. O texto discutido nesse encontro está sendo enviado aos 27 senadores de estados do Nordeste, mais os três de Minas Gerais, para que se chegue a um acordo quanto ao documento que será enviado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.



29/01/2004

Agência Senado


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