Antonio Carlos Júnior cobra ação do Executivo contra corrupção no DNIT
O senador Antonio Carlos Júnior (PFL-BA) ocupou a tribuna do Senado nesta quarta-feira (20) para cobrar providências do Poder Executivo com relação às denúncias de corrupção no antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Para o senador, as mudanças no órgão, que este mês passou a se chamar Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), não representaram a punição dos responsáveis pelo desvio de recursos públicos, denunciados por seu pai, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, ainda em 1999.
Antonio Carlos Júnior lembrou relatório da Advocacia Geral da União que, segundo ele, dá conta de um rombo de R$ 120 milhões no DNER por causa do pagamento de precatórios superestimados. De acordo com o senador, o Executivo não aplicou a devida punição aos culpados pelas irregularidades. "Teria sido nomeado para dirigir o novo órgão um servidor intimamente ligado ao ex-ministro dos Transportes (Eliseu Padilha) - o mesmo ministro que é acusado de liderar o esquema dos precatórios", afirmou.
O senador também saudou a criação pelo Congresso da Comissão Mista de Segurança e relacionou a violência à impunidade e à corrupção no serviço público. "A impunidade é o mal maior a ser extirpado, que promove e incentiva a criminalidade em todos os níveis. É o elo que reúne suas diversas formas, alimenta e estimula a violência e a corrupção", discursou. Para ele, violência e crimes do colarinho-branco devem ser combatidos "com igual destemor".
Além das denúncias de irregularidades no antigo DNER, Antonio Carlos Júnior referiu-se a outro escândalo também trazido à tona por seu pai: o da extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Segundo ele, diferentemente dos problemas no DNER, sobre os quais "o governo federal se mostra tímido em fazer a sua parte", no caso da corrupção na Sudam, "o Ministério Público e a Justiça vêm respondendo com trabalho e com investigações, e o resultado tem sido ações que poucos acreditavam possíveis".
20/02/2002
Agência Senado
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