SUASSUNA DEFENDE AGRESSIVIDADE CONTRA BARREIRAS TARIFÁRIAS AOS PRODUTOS NACIONAIS



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) defendeu uma posição mais firme do Brasil com relação às barreiras tarifárias impostas aos produtos brasileiros pelos países de Primeiro Mundo, especialmente os Estados Unidos. Ele sugeriu que o assunto seja levado para discussão na Organização Mundial de Comércio e que o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso reexamine a política que o país vem adotando nesse comércio bilateral.
- É preciso protestar contra essas injustiças e prejuízos que são impostos pelos Estados Unidos às nossas exportações. As implicações negativas que disso decorrem para o bem-estar do povo brasileiros são sérias e graves. As restrições comerciais americanas contra nossos produtos de exportação são tão importantes que não devemos deixar passar em branco - comentou Ney Suassuna.
Além das barreiras tarifárias, segundo o senador, o Brasil sofre com a restrição de quotas e com a classificação de dumping para alguns dos seus produtos. Ele citou o caso do aço, que é fabricado mais barato do que nos Estados Unidos, e no entanto é classificado pelos americanos como "artificialmente baixo".
Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) disse que se o Brasil não ampliar suas exportações de maneira consistente e duradoura, a economia não dará o salto que sua população espera há muito tempo. Ele acrescentou que para alcançar a previsão do governo federal, de exportar mais de US$ 100 bilhões em três anos, é necessário um esforço para produzir cada vez mais e com melhor qualidade para competir com os outros exportadores. "O Itamaraty também deve fazer gestões eficazes junto a autoridades dos Estados Unidos para acabar com as barreiras impostas aos produtos brasileiros", completou.
O senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) disse que chegou o momento do Brasil tomar atitudes mais agressivas no sentido de ampliar suas exportações. Ele qualificou o governo de ingênuo na sua posição perante os parceiros internacionais, especialmente os do Primeiro Mundo, que fazem restrições maiores do que as que são impostas aos produtos estrangeiros que entram no mercado brasileiro. "Temos que romper o gargalo externo que continua sendo o nó que aperta e dificulta o crescimento de nossa economia", argumentou.

08/08/2000

Agência Senado


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