Suassuna defende apoio do PMDB a Lula



O PMDB estará, na Câmara e no Senado, junto com a -corrente de otimismo, solidariedade, trabalho e esperança existente no país-, buscando o êxito do próximo governo, disse nesta quinta-feira (19), em Plenário, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB).

- Queremos o sucesso de Luiz Inácio Lula da Silva, porque o sucesso dele é o sucesso do Brasil - acrescentou Suassuna, registrando que o PMDB deverá anunciar sua participação -no apoiamento a Lula- nesta sexta-feira (20).

Suassuna qualificou de -enorme catarse nacional- a -avalanche de votos- que Luiz Inácio Lula da Silva obteve em outubro, desejou boa sorte ao presidente eleito e disse que, se o Brasil aproveitar essa vitória, poderá viver a mesma saga vivida por Lula, que enfrentou todas as dificuldades e conseguiu vencer.

Em um balanço do ano de 2002, que considerou -extraordinário para o país-, Suassuna disse que o Brasil deu um exemplo ao mundo, ao conduzir à presidência da República -um brasileiro cuja vida é uma saga, um verdadeiro milagre da determinação, do crescimento, da modificação-. O senador destacou que Lula, um trabalhador, sem curso superior, que começou como líder sindical, -foi abrindo seu pensamento até conseguir fazer um projeto de conciliação que o levou à vitória-.

O Brasil, prosseguiu Suassuna, passou a fazer parte dos oitenta países do mundo em que há democracia em plenitude, e o crescimento de Lula não foi um fato isolado, pois a sociedade brasileira também amadureceu.

O senador citou as conquistas sociais do governo de Fernando Henrique e a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal como outros bons exemplos, mas disse que há muito ainda por fazer, como a redução do fosso entre os mais ricos e os mais pobres, a reforma da Previdência e do Judiciário, o aumento das exportações, a reforma política, a definição de uma política industrial e agrícola, a resolução da questão agrária.

Suassuna fez uma análise da conjuntura internacional e da situação econômica brasileira, disse que o Congresso fez o que pôde em favor do país e comentou críticas ao aumento salarial dos parlamentares veiculadas em um programa televisivo. Ele observou que não defende a oportunidade desse reajuste, mas registrou que os comentários contra a decisão partiram de um repórter que ganha R$ 200 mil, -fora o merchandising- .



19/12/2002

Agência Senado


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