Suassuna diz que Jader "marcou pontos". Simon esperava renúncia



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) afirmou que o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), "marcou pontos" com a defesa feita em Plenário nesta quarta-feira (dia 14). "Jader teve uma postura firme, tranqüila, até com uma pitada de ironia", avaliou Suassuna, para quem o senador paraense tem condições de reverter o quadro negativo que tem contra si.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), por sua vez, afirmou que esperava que o senador paraense renunciasse à presidência do Senado, o que, em sua opinião, seria a saída política mais adequada para permitir que as denúncias que o envolvem fossem melhor investigadas. Simon afirmou ainda que é necessário avaliar com profundidade as provas do caso de desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará).

- Nem uma matéria de revista, nem o discurso do Jader vai me convencer para este ou aquele lado - disse.

Ao se pronunciar sobre o discurso de Jader, o senador Paulo Hartung (PPS-ES) afirmou que ele não convenceu o Senado e o Ministério Publico, que devem aprofundar as investigações. De acordo com o parlamentar do PPS, ainda existem muitas dúvidas sobre o caso Banpará e a aquisição da fazenda Chão Preto, que permanecem sem explicação.

No seu entendimento, Jader tentou se aproveitar do fato de a revista IstoÉ ter utilizado uma fita contendo gravações falsas, que o ligariam a um suposto esquema de propina, para desqualificar as outras provas existentes contra ele. Quanto à afirmação de Jader, de que a nota técnica sobre o desvio de recursos do Banpará teria sido assinada por assessores, Hartung classificou esse argumento de irrelevante.

15/08/2001

Agência Senado


Artigos Relacionados


Simon diz que eleição e posterior renúncia de Jader foi jogada maquiavélica de FHC

Para Simon, Senado não soube dar a resposta que a sociedade esperava

Jader prepara renúncia

Laércio, pai de Jader, renuncia à suplência

Íntegra dos termos da renúncia de Jader

Carta de renúncia de Jader é lida em Plenário