SUASSUNA DIZ QUE NORDESTE CRESCEU MAIS QUE MÉDIA NACIONAL
Baseado em relatório da Sudene e estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) informou, nesta quarta-feira (dia 11), que o Nordeste cresceu mais do que a média nacional em 1998, apesar de ainda ter os piores indicadores sociais do país. "No ano passado o PIB nordestino aumentou 1,5%, apesar da terrível seca que atingiu a região, uma das mais fortes deste século. Já a economia brasileira cresceu apenas 0,15%. O PIB nacional, segundo a Sudene, seria da ordem de R$ 901 bilhões; o do Nordeste seria de R$ 145 bilhões", explicou o senador.Suassuna disse que, apesar do descaso com que as desigualdades regionais vêm sendo tratadas há anos, a indústria nordestina cresceu 7,9% no ano passado. Entre 1994 e 1997, a taxa média de incremento da economia nordestina foi de 3,9%, contra 2,7% da média nacional, comparou o senador. Segundo ele, a economia da região recebeu um grande impulso da fruticultura irrigada do São Francisco, do turismo e da produção de grãos na Bahia e no Sul do Maranhão e do Piauí.- O que é importante destacar é que, se o Nordeste vem se desenvolvendo, não é por mérito de uma política federal consistente de fomento ao desenvolvimento regional, pois ela não existiu nos últimos anos. É por mérito próprio, de sua gente, de seus governantes, da boa situação fiscal que alcançaram alguns estados, da saudável continuidade administrativa que alguns deles lograram obter. O Nordeste vem demonstrando trabalho, persistência e engenho, isso é inegável - afirmou Suassuna.O senador disse ainda que o Nordeste continua se ressentindo de uma histórica carência de investimentos no econômico e no social e que o desenvolvimento foi centrado nas Regiões Sul e Sudeste por políticas federais deliberadas. "Entretanto, persiste o mito de que o Nordeste é a região que mais recebe incentivos fiscais da União", lamentou. Ele citou entrevista recente do superintendente da Sudene na qual este informou que em 1991 o Nordeste era responsável por 31,2% da renúncia fiscal da União, índice que hoje é de apenas 11%.
11/08/1999
Agência Senado
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