Suassuna: governo ajudará municípios que enviarem fotos de áreas alagadas
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) rebateu nesta terça-feira (3) as críticas da oposição à atuação do governo federal no atendimento às populações prejudicadas pelas enchentes das últimas semanas. Conforme Suassuna, o governo "não está parado". Se as verbas não estão sendo liberadas no ritmo desejado pelos municípios atingidos, isso seria devido à lentidão usual dos passos burocráticos a serem seguidos.
O parlamentar informou que uma medida provisória liberando recursos está sendo redigida e será em breve editada pelo Palácio do Planalto. Os prefeitos que tiverem interesse em obter parte dos recursos devem enviar relatório ao Ministério da Integração Nacional acompanhado de foto da área alagada.
- É óbvio que o governo não tem um saco de dinheiro e, portanto, não poderá liberar toda a verba pedida - advertiu Suassuna.
Para dar testemunho das dificuldades que vivem as autoridades federais em momentos de catástrofes naturais, o senador lembrou que, quando ministro da Integração Nacional, no governo Fernando Henrique, também "corria atrás" para adotar medidas de emergência. E os recursos liberados eram sempre inferiores aos valores pretendidos pelos prefeitos.
De acordo com o senador, a responsabilidade direta pelas medidas de emergência são as defesas civis dos estados e municípios, coordenadas pelo governo federal, mas assinalou que foi formada uma comissão composta de 12 ministros para encontrar saídas para as regiões afetadas pelas fortes chuvas.
Na opinião do senador Mão Santa (PMDB-PI), o problema é que a ação do governo do PT é "improvisada". Já o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) reclamou que Suassuna não lhe informou mais cedo sobre a necessidade do relatório com foto como pré-requisito para o atendimento dos pedidos de verba.
- Não estou contente com o que está acontecendo no Nordeste, mas é preciso ver que com as chuvas vamos ter uma boa reserva para enfrentar os quatro anos de seca que estão sendo previstos pela meteorologia - disse Suassuna.
03/02/2004
Agência Senado
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