Suassuna pede apuração sobre ensino em escolas do MST
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) fez um apelo nesta quarta-feira (8) aos órgãos competentes do governo para que apurem as notícias veiculadas no último fim de semana de que as escolas públicas que funcionam nos assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teriam conteúdo programático diferente daquele aprovado pelo Ministério da Educação. Ainda de acordo com as denúncias, as aulas estariam sendo usadas como instrumento de doutrina política. Suassuna comparou o conteúdo do ensino que estaria sendo ministrado nas escolas do MST com o que conheceu na região de conflito entre Israel e Palestina. Ele relatou que, junto com um grupo de parlamentares brasileiros, assistiu a um filme que era parte da educação infantil e que “plantava a semente do ódio nas cabeças das crianças palestinas”. Para ele, isso é uma forma de perpetuar a violência. - Saímos de lá chocados e convictos de que é impossível ajudar de alguma forma. É um ódio de séculos e não chegaremos, no nosso tempo de vida, a ver uma solução que traga a paz para aquela região. Agora vejo esse fenômeno ser reproduzido no Brasil nas escolas do MST contra o que chamam de burgueses – alertou. Violência O senador disse ainda que, no Brasil, a violência é oriunda do crime organizado e não do terrorismo e que para exterminá-la é preciso começar pelas polícias, separando o joio do trigo. Salientando que qualquer pessoa pode encontrar em meia hora um ponto de venda de drogas em qualquer cidade do país, o senador disse que não consegue entender como policiais treinados por anos a fio não conseguem saber onde se vendem drogas e coibir esta prática. Para acabar com a violência no Brasil, Suassuna também sugeriu que o Congresso vote a reforma do Judiciário e endureça a legislação contra o narcotráfico, e a construação de presídios federais. - Não consigo entender porque ainda não foram construídos os presídios federais. Estou no meu segundo mandato e ainda ouço que estão fazendo, estão fazendo, e até agora nada - protestou.
08/09/2004
Agência Senado
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