SUBCOMISSÃO DO CINEMA BRASILEIRO ELEGE PRESIDENTE E RELATOR
A Subcomissão do Cinema Brasileiro elegeu nesta terça-feira (dia 29) os senadores Francelino Pereira (PFL-MG) e José Fogaça (PMDB-RS) para os cargos de relator e presidente, respectivamente. Francelino, autor do requerimento para criação da subcomissão, informou que ela funcionará em caráter temporário, com o objetivo de fazer um estudo da situação do cinema nacional, "em todos os ângulos de sua atuação e propor uma legislação específica de fomento a essa atividade".O senador disse que sua iniciativa se deveu ao êxito do filme Central do Brasil, do diretor Walter Salles Júnior, e relatou encontro com o ministro da Cultura, Francisco Werfort, que o incentivou na criação da subcomissão. - Ela deverá ser um marco no relacionamento do povo do cinema com as instituições, porque até agora esse pessoal só procurava o Executivo e nunca o Legislativo, quando se tratava de defender seus interesses - disse o senador.Francelino destacou o apoio do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, para a criação da subcomissão, lembrando que além da sua proposta existiam mais 16 solicitações para instalação de comissões especiais no Senado. Segundo José Fogaça, a principal contribuição da Subcomissão do Cinema Brasileiro deverá ser um levantamento capaz de indicar os caminhos que deverão ser seguidos para que o cinema nacional possa se firmar como indústria. O senador Saturnino Braga (PSB-RJ) apontou o cinema como um dos instrumentos mais eficientes para o auto-conhecimento de um povo, e seu importante papel na economia do país. O senador Luís Otávio (PPB-PA) lembrou que recentemente foi criado um polo de cinema na Amazônia e disse esperar que, a partir de agora, os recursos para o cinema sejam distribuídos de maneira "mais equânime".Na condição de relator, Francelino disse que irá propor a realização de audiências públicas no Rio de Janeiro, em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre e "onde mais for necessário" com pessoas ligadas ao cinema. Durante a reunião, o senador distribuiu um livreto intitulado Ressurreição do Cinema, reunindo vários pronunciamentos seus sobre o assunto. O senador disse ter extraído o título do trabalho de uma entrevista do dramaturgo Dias Gomes, recentemente falecido, à revista Época. Na entrevista, segundo o senador, Dias Gomes disse: "o cinema estava morto, agora estamos engatinhando como um bebê. É uma ressurreição".
29/06/1999
Agência Senado
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