Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro e Comunicação Social poderá também tratar do setor musical
Em reunião informal realizada nesta quarta-feira (10) com representantes de entidades de classe ligadas à música, o senador Sérgio Cabral (PSDB-RJ), presidente da Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro e Comunicação Social, informou que encaminhará, nos próximos dias, requerimento à Comissão de Educação (CE) propondo a inclusão da música entre os temas abrangidos pela Subcomissão.
O senador Sérgio Cabral, cujo pai é um dos críticos musicais mais respeitados dos últimos 50 anos, reconheceu que a música popular está entre as mais destacadas realizações da cultura brasileira.
- Tomara que amanhã venhamos a nos orgulhar da produção da nossa indústria, como já nos orgulhamos da nossa música - disse o parlamentar, acrescentando que a inclusão da música como matéria da subcomissão vai permitir o aprofundamento sobre o assunto e uma verificação do que está tramitando no Congresso sobre o tema.
Cabral se disse confiante de que o requerimento venha a ser aprovado antes do próximo dia 31 (quarta-feira), quando a Subcomissão realizará audiência pública para debater a matéria. Durante a audiência pública está previsto que o Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música também apresentará uma pauta incluindo alguns pontos críticos do setor, tais como mercado exterior, difusão, espaços e público, valorização do músico, inclusão social e educação musical, para ser debatida durante a audiência.
Pesquisa
Os representantes dos músicos entregaram ao senador Cabral documento contendo resultado de pesquisa realizada no final de 2005, na qual 65% da população perguntada sobre o que mais se orgulha do Brasil responderam que é a música. De acordo com o documento, o movimento anual da indústria fonográfica (venda de CDs) gira em torno de R$850 milhões.
Os representantes dos músicos que se reuniram com Sergio Cabral entendem que a música produzida no Brasil precisa obter o respeito e incentivos específicos através de uma verdadeira política pública no Brasil. Contando com a presença de compositores como Théo de Barros (Disparada) e intérprete como Alaíde Costa, que também é parceira de Tom Jobim e Johnny Alf, os representantes dos músicos defenderam que, embora se considere que a música brasileira tenha um espaço privilegiado na mídia, um olhar mais atento ao setor irá encontrar questões que "não serão resolvidas sem uma ampla, democrática e demorada discussão envolvendo o mercado, o governo, a universidade e a sociedade civil e na qual o Parlamento deverá ter uma papel fundamental".10/05/2006
Agência Senado
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