Suplicy comenta texto sobre rivalidade entre governo e médicos
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) leu nesta segunda-feira (9), em Plenário, artigo do médico Dráuzio Varella sobre o programa Mais Médicos, do governo federal. No artigo, o médico critica tanto a postura dos colegas, que são contra a vinda de médicos estrangeiros, quanto o que chama de “esperteza” do governo de criar o programa para responder às manifestações nas ruas.
“De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior; de outro, o governo que apresenta o programa como a salvação da pátria. No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS.”, afirma o médico, referindo-se ao Sistema Único de Saúde.
Dráuzio Varella observa, ainda, que é melhor um médico com formação medíocre e boa vontade que nenhum médico ou médicos sem vontade de atender aos pacientes. Para ele, hostilizar médicos estrangeiros que vêm trabalhar no programa é “radicalismo”, um erro da categoria.
Sobre o governo, o médico diz considerar que a intervenção do governo chega com anos de atraso e que a implementação apressada do programa, em meio às manifestações, “é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa”. Para ele, a saúde no Brasil é carente de financiamento e reformar o sistema de saúde requer estadistas que pensem além das eleições.
Apesar das críticas do texto ao governo, Suplicy diz considerar que o médico traz uma ponderação de quem conhece muito a área de saúde e que deve ser objeto de reflexão. Para o senador, ainda há esperança para o SUS.
- Eu tenho convicção de que o Brasil está para dar um salto de qualidade na área da saúde, quem sabe até respondendo a esse enorme desafio colocado pelo Dr. Dráuzio Varella sobre a importância de o Sistema Único de Saúde se tornar algo de extraordinária qualidade para a população brasileira – afirmou.
Recursos
No mesmo pronunciamento, Suplicy comemorou a sanção, nesta segunda-feira, da lei que destina 75% do total dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde.
- Trata-se de algo, fundamental para que o Brasil dê um salto de qualidade e possa proporcionar à sua população a melhor qualidade possível de educação e, assim, também para a melhoria dos serviços de saúde.
09/09/2013
Agência Senado
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