Suplicy concorda que Dilma Rousseff deve vir ao Senado para prestar esclarecimentos
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou em Plenário, nesta quinta-feira (3), que concorda com a opinião da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) de que seria "próprio e adequado" a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, vir ao Senado prestar esclarecimentos sobre o dossiê com informações sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique e de sua esposa, dona Ruth, que teria sido produzido por sua ordem.
- Também tenho esse ponto de vista. Acho que podemos construir um clima civilizado, de respeito entre as partes - disse o parlamentar petista.
Suplicy deu destaque ao fato de a ministra ter telefonado para a ex-primeira dama, dona Ruth, para explicar que não havia qualquer intenção, por parte do governo, de fazer denúncias e, também, para demonstrar seu apreço por dona Ruth e pelo ex-presidente Fernando Henrique.
O senador não poupou elogios a ministra, a quem se referiu como pessoa "da maior integridade" e que estaria, na sua avaliação, conquistando o respeito da equipe do governo e da população brasileira. Identificou-a ainda como "a principal responsável" pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Suplicy pronunciou-se em razão das controvérsias surgidas a partir do discurso proferido em Plenário pelo senador Mão Santa (PMDB-PI), na última terça-feira (2). Na ocasião, Mão Santa utilizou-se do livro autobiográfico de Hitler, Mein Kampf (Minha Luta), para fazer uma comparação com os ministros do governo Lula. Mão Santa teria dito que eles "cacarejam" sobre seus atos, mesmo não sendo seus autores ou então antes de colocá-los em prática, numa referência ao PAC e à ministra Dilma, a quem chamou de "galinha cacarejante".
Suplicy informou ter enviado uma carta ao senador Mão Santa a propósito do episódio, apesar de ter recebido explicações verbais deste na própria terça-feira. Mão Santa se disse irritado com a forma como a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), interpretou seu discurso em Plenário.
03/04/2008
Agência Senado
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