SUPLICY CONTESTA ACUSAÇÃO DO PORTA-VOZ DA PRESIDÊNCIA
Em resposta a comentário do porta-voz da Presidência da República, embaixador Sérgio Amaral, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) perguntou hoje (dia 11) se ele pretende que a oposição não cumpra seu dever constitucional de fiscalizar os atos do Poder Executivo.
Ontem (dia 10), o senador petista, acompanhado pelos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Sebastião Rocha (PDT-AP), entrou com representação junto à Corregedoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando apuração de denúncias de utilização da máquina pública federal com fins eleitorais. Para o porta-voz, Suplicy teria sido movido por "oportunismo político".
Segundo Suplicy, fatos relativos à utilização da máquina administrativa para pressionar os convencionais do PMDB foram relatados em toda a imprensa.
- Compete a qualquer cidadão, sobretudo a um senador, chamar a atenção do presidente para o fato de que ele está descumprindo a lei - reiterou.
O senador paulista também registrou sua opinião de que o presidente da República tomou importante decisão ao convocar o ministro do Exército, Zenildo de Lucena, para lhe pedir explicações sobre a nomeação do general-de-brigada Ricardo Agnese Fayad para o cargo de subdiretor de Saúde do Exército.
Conforme disse, a nomeação provocou protestos da Anistia Internacional e de várias outras entidades ligadas à defesa dos direitos humanos, pois Fayad teve seu registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, em 1994, devido a acusações de que deu apoio às torturas praticadas no Doi-Codi carioca.
11/03/1998
Agência Senado
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