Suplicy contesta acusações de ex-embaixador contra Itamaraty



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) contestou em Plenário, nesta quinta-feira (8), as acusações de que haveria doutrinação ideológica e promoção de diplomatas por afinidade ideológica no Ministério das Relações Exteriores. As denúncias foram feitas por Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Segundo o parlamentar, há vários exemplos que contradizem as afirmações de Abdenur. Suplicy citou a resposta dada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na qual este cita uma lista de diplomatas que já atuavam durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e que foram promovidos na atual gestão do Itamaraty. Entre estes estaria o embaixador Otto Agripino Maia, irmão de José Agripino (RN), líder do PFL no Senado.

Suplicy também contestou a acusação de que há uma "bibliografia básica para alinhamento do pensamento", composta de quatro obras, no Ministério das Relações Exteriores. De acordo com o senador, um desses livros, de autoria de Álvaro Lins, contém a biografia e a história política do Barão do Rio Branco; outro é o Pensamento Econômico Brasileiro, de autoria do economista Ricardo Bielschowsky, que, segundo Suplicy, foi recomendado por Celso Furtado e Roberto Campos.

Roberto Campos teria dito - ressaltou o senador - que o livro de Bielschowsky é "erudito, objetivo e correto", além de ser "referência indispensável, por sua análise balanceada e percuciente das controvérsias ideológicas da época".

Já a obra Conflito e Integração na América do Sul, de Luiz Alberto Moniz Bandeira, também contaria com elogios de Roberto Campos e, ainda, de Rubens Ricupero e Fernando Henrique Cardoso; enquanto Chutando a Escada - A estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica, de Ha-Joon-Chang, teria sido elogiado pelo professor Charles Kindelberg, do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Voto de aplauso

Suplicy também apresentou requerimento de votou de aplauso a Joaquim Pereira, que na quarta-feira (7) salvou seu neto de oito anos de um ataque de uma cobra sucuri de aproximadamente cinco metros, no interior de São Paulo.



08/02/2007

Agência Senado


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