Suplicy contesta Arruda sobre telefonema de ex-diretora do Prodasen



Apesar de o senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) ter sustentado que só recebeu um telefonema da ex-diretora do Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) no início da noite de 28 de junho de 2000, dia em que o então senador Luiz Estevão foi cassado, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a quebra do sigilo telefônico de Regina Célia Peres Borges registrava uma ligação para o celular de Arruda às 10h05 do dia 28.

Segundo relato de Regina Borges a Suplicy, ocorrido durante depoimento de Arruda ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, nesta sexta-feira (dia 27), o contato telefônico teria sido feito para informar a Arruda que o sistema de informática do painel eletrônico havia sido alterado para possibilitar a impressão da lista da votação secreta na sessão de cassação do mandato de Estevão.

Diante das divergências entre as declarações de Arruda e de Regina Borges, Suplicy adiantou que a ex-diretora do Prodasen dispôs-se a participar de uma acareação com o senador no Conselho de Ética. Embora tenha confirmado parte da conversa - reproduzida em Plenário pelo senador Suplicy - travada com a servidora em seu apartamento, José Roberto Arruda contestou a veracidade da frase que teria sido dita por Regina Borges ao final do encontro: "Senador, estarei saindo daqui para tentar cumprir uma ordem".

27/04/2001

Agência Senado


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