SUPLICY CRITICA PROGRAMA "ALIMENTO PARA SÃO PAULO"
- Quero observar que o objetivo do programa, de assegurar alimentação para famílias carentes, é importante. As exigências de freqüência escolar das crianças, vacinação obrigatória, exame papanicolau, freqüência a cursos de formação profissional e obtenção de documentos pessoais também são relevantes. Mas questiono a decisão de distribuir cestas básicas ao invés de instituir um patamar superior de dignidade para as famílias, provendo-lhes uma renda mínima que pudesse ser gasta à sua escolha - disse Suplicy.
O senador por São Paulo opinou que apenas em emergências, quando as pessoas estivessem passando por uma situação de fome e pobreza e não houvesse um meio rápido de levar alimentos para os armazéns da localidade, se justificaria, em caráter provisório, um programa de distribuição de cestas básicas. Suplicy lembrou que, no ano passado, o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a distribuição de cestas. "Parece que o governador Mário Covas não ouviu", comentou.
Eduardo Suplicy também discordou de declarações dadas à imprensa pelo senador José Jorge (PFL-PE), segundo as quais a oposição teria cometido um erro ao convocar os ministros Pedro Malan (Fazenda), Waldeck Ornelas (Previdência e Assistência Social), e Francisco Dornelles (Trabalho e Emprego) para participarem de audiência na comissão mista que vai examinar a medida provisória sobre o reajuste do mínimo.
Segundo o senador por Pernambuco, a convocação dos três ministros atrasaria os trabalhos da comissão, conforme relatou Suplicy. O senador do PT esclareceu que a intenção da oposição é debater com o governo uma forma de garantir aos trabalhadores uma renda melhor, e que o debate com os ministros não atrasará o encerramento dos trabalhos da comissão.
31/03/2000
Agência Senado
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