Suplicy diz que MP dos bancos "não é Proer", mas operação normal
Depois de conversar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sustentou que a Medida Provisória 442/08, assinada pelo presidente da República na segunda-feira (6), "não se parece com o Proer e, portanto, não é o Proer do Lula", como têm afirmando senadores e deputados da oposição, em referência ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional, executado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, para socorro aos bancos.
Explicou que a medida provisória regulamenta especialmente os empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais (redesconto) quando eles precisam de dinheiro repentinamente. Ponderou que o redesconto é uma operação clássica dos bancos centrais para regular a oferta de dinheiro no mercado. O senador disse que o Congresso poderá esclarecer suas dúvidas sobre a MP 442/08 no dia 21, quando o ministro Guido Mantega deve comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos.
Eduardo Suplicy citou artigo publicado no Jornal do Brasil pelo empresário Luiz César Fernandes, criador do Banco Pactual, onde ele afirma que o governo adotou "medidas adequadas" para enfrentar "a armadilha da liquidez" no sistema bancário. Conforme o senador, o empresário diz que o Banco Central brasileiro, "ao contrário do Federal Reserve", se antecipou e vai financiar parte do comércio exterior do país.
Machado de Assis
No mesmo pronunciamento, Eduardo Suplicy enalteceu Machado de Assis, listando as homenagens que vêm sendo feitas ao escritor brasileiro por ocasião dos cem anos de sua morte, completados em 29 de setembro. Entre outras coisas, o senador lembrou que o jornal The New York Times publicou, no dia 13 de setembro, um artigo de duas páginas sobre Machado, com o título "Após um século, a reputação literária finalmente floresce", em que o repórter Lerry Rohter "se rasga em elogios" ao autor brasileiro.
Informou ainda que o jornal inglês The Guardian apresentou Machado de Assis como "um gênio brasileiro, cujo trabalho deveria ser melhor reconhecido". Suplicy lembrou que as obras de Machado de Assis já são de domínio público e o Ministério da Educação colocou na Internet, em edições digitais e gratuitas, exatamente 243 obras do escritor.
09/10/2008
Agência Senado
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