Suplicy diz que não está convencido sobre caráter democrático da lista fechada
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse nesta terça-feira (12) que, apesar de ter estudado os argumentos expostos sobre o voto em lista fechada, ainda não está convencido de que esse tipo de escrutínio seja mais democrático do que o voto direto no candidato e no partido.
Suplicy sugeriu à Executiva Nacional do PT, que se reúne amanhã para decidir se fecha questão em torno da lista fechada, que faça uma ampla consulta aos filiados e aos eleitores em geral sobre a questão. Ele disse que tem feito consultas informais em encontros do partido e a grande maioria dos filiados tem se manifestado contrária ao voto em lista fechada.
- Um partido que lutou pelas eleições diretas, pelo fim dos senadores biônicos, que é favorável à eleição direta para suplentes de senador, que é o único a realizar eleição entre seus filiados para a escolha dos seus dirigentes, assim como a promover prévias para indicação de seus candidatos a cargos majoritários, tem a obrigação e o compromisso ético de consultar os eleitores antes de tomar essa importante decisão - assinalou.
O senador Sibá Machado (PT-AC) disse ter ficado "desestabilizado" após argumentação de Suplicy em reunião da bancada de 12 senadores do PT, pela manhã, quando chamou a atenção para a difícil e longa luta dos brasileiros para recuperar o direito de escolher seus representantes. Ele observou que já estava convencido sobre a necessidade da lista fechada, mas agora vai estudar mais o assunto antes de decidir.
O senador Fernando Collor (PTB-AL) defendeu o voto em lista fechada e a delegação do eleitor ao partido para que escolha quem deverá ser eleito. Para ele, esse instituto vai fortalecer os partidos e melhorar a qualidade da representação popular no Parlamento.
12/06/2007
Agência Senado
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