Suplicy e Hartung defendem o esclarecimento de todas as denúncias
- Acho que o senador Jader Barbalho deveria ser o primeiro a colocar-se à disposição das apurações, ao invés de realizar um esforço para impedir que haja a abertura de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico - afirmou o parlamentar por São Paulo.
Outro a assinar o pedido, o senador Paulo Hartung (PPS-ES) ressaltou as declarações do presidente do Conselho de Ética, senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), de que não irá obstruir nenhum tipo de investigação. Para Hartung, a posição de Mestrinho visou tranqüilizar os partidos de oposição e os outros membros da comissão, ao assumir que todas as providências serão adotadas para o esclarecimento dos fatos.
Para Suplicy, é importante que cada uma das personagens e testemunhas citadas nas reportagens e nos documentos divulgados pela imprensa venham a ser convidadas pelo Conselho de Ética para prestar depoimentos. Citou como exemplo o advogado Paulo Lamarão, que disse a Suplicy ter rompido com Jader quando este, como governador do Pará, teria realizado desapropriações irregulares e destinado parte dos valores para sua campanha eleitoral. O senador por São Paulo mencionou também os envolvidos na desapropriação da Fazenda Paraíso, outra das acusações contra o presidente licenciado do Senado.
O senador do PT disse serem muito fortes os indícios contra Jader Barbalho, que tem de explicar como teria sido possível aumentar seu patrimônio sem uma dedicação integral a suas atividades empresariais.
- Ou Jader comprova toda sua inocência e demonstra que realmente houve algo tão diabólico contra ele como o que fizeram com Jesus, como ele próprio afirmou, ou deverá preocupar-se, porque pretendemos realizar uma averiguação cabal de todos os fatos - disse Suplicy.
Já o senador Hartung afirmou que as novas denúncias trazem elementos contundentes em relação a fatos ocorridos durante o atual mandato do senador Jader Barbalho. Para ele, não há como o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidir contrariamente a uma investigação.
- O Conselho vai ter que abrir um processo, vai ter que investigar todas essas questões, trazer a verdade à tona e passar a limpo essa situação, que é o que a opinião pública deseja. Precisamos dar uma resposta clara a todas esses denúncias - disse o parlamentar pelo Espírito Santo.
24/07/2001
Agência Senado
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