Suplicy elogia esforços do governo brasileiro contra a guerra



O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Eduardo Suplicy (PT-SP), agradeceu nesta quinta-feira (27) a disposição do governo brasileiro, em especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em atuar na defesa de uma solução pacífica para os conflitos entre os Estados Unidos da América e o Iraque.

Suplicy conclamou os líderes dos governos norte-americano, George Bush, e britânico, Tony Blair, a -ouvirem- os conselhos deixados pelos líderes pacifistas mundiais, Mahatma Ghandi, da Índia, e Martin Luther King, dos Estados Unidos, que sempre recomendavam -o enfrentamento da força física com a força física da alma-.

O senador sugeriu que o presidente Lula visite o Reino Unido o mais breve possível. Suplicy, que voltou da Inglaterra na semana passada, disse que as autoridades daquele país têm interesse em que Lula, pela grande visibilidade e repercussão que seus atos têm tido internacionalmente, expresse ao primeiro-ministro do Reino Unido, -que pode haver uma solução pacífica para a crise no Iraque-.

- Constitui um anseio da humanidade e dos povos do mundo, como ficou demonstrado em manifestações onde milhões de pessoas no mundo inteiro externaram sua vontade, de que haja uma solução sem guerra, sem violência. Então, acho que seria interessante que o presidente Lula realizasse essa visita o quanto antes para transmitir a Tony Blair esse anseio do povo brasileiro de que os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos cheguem a um entendimento direto com o governo do Iraque, com o presidente Saddam Hussein. Acredito que o presidente Lula pode ser um fator catalisador da construção da paz - declarou Suplicy.

O presidente da CRE aproveitou para entregar uma carta ao ministro Celso Amorim em que pede providências da diplomacia brasileira sobre o caso de sequëstro do diplomata colombiano Ramiro Álvaro Eduardo Carranza Coronado, que serviu no Brasil na década de 80. Carranza, contou Suplicy, está em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) desde setembro de 2001. O diplomata é casado com uma brasileira e tem uma filha nascida no Brasil.



27/02/2003

Agência Senado


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