Suplicy aplaude reação do governo brasileiro contra proposta israelense de assassinar Arafat
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) parabenizou o governo brasileiro pela reação imediata à declaração do vice-primeiro-ministro de Israel, Ahud Olmert, que considerou o assassinato do líder palestino Yasser Arafat como uma opção para sua remoção do poder. O parlamentar leu a declaração do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, publicada na manhã desta segunda-feira (15).
Na declaração, o governo brasileiro mostra apreensão pela decisão do gabinete de segurança israelense de considerar que Arafat seria -um obstáculo à paz que precisaria ser removido-. O Brasil afirma reconhecer no presidente palestino uma autoridade legítima e diz que sua eliminação pode -comprometer irremediavelmente o processo de paz-. O governo brasileiro ainda defendeu a retomada de negociações pela paz.
Suplicy lembrou que, em agosto, esteve por três dias em Israel, a convite do governo daquele país. Afirmou que, quando um deputado colombiano perguntou se Israel não considerava a hipótese de eliminar Arafat, as autoridades responderam que tal fato poderia causar uma repercussão tão forte que Israel poderia perder seus principais aliados, entre eles o governo dos Estados Unidos.
Suplicy disse que Israel afirma ter evidências de que Arafat seria -conivente, estimulador e até planejador de ações terroristas-, mas não mostra essas evidências.
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que o atual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, destruiu o que fez seu antecessor, Bill Clinton, sem construir nada no sentido positivo para a paz no Oriente Médio.
15/09/2003
Agência Senado
Artigos Relacionados
Suplicy elogia esforços do governo brasileiro contra a guerra
SUPLICY: REAÇÃO DO GOVERNO A PRESSÕES POR ALCA É POSITIVA
Suplicy aplaude proposta de renda mínima para o Iraque
Patrocínio aplaude decisão do governo brasileiro de ajudar Angola
SUPLICY APÓIA PROPOSTA DE ACM CONTRA MISÉRIA
Suplicy pede que governo brasileiro interceda por anistia a Snowden